Prosegur recruta 300 até ao final do ano
O crescimento da insegurança entre os portugueses está a potenciar o negócio das empresas ligadas à segurança que têm visto o seu negócio crescer, sobretudo na área das soluções anti-roubo para residências e pequeno comércio. A Prosegur é disso um exemplo. A empresa está em crescimento. Ao mesmo tempo que testa a viabilidade de uma expansão para Angola, recruta em Portugal. Para já estão cerca de 50 vagas abertas. Até ao final do ano, a manterem-se os números do primeiro semestre, serão criados 300 novos empregos em solo nacional.
17.08.2012 | Por Cátia Mateus
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Integra a lista dos maiores recrutadores nacionais e está determinada a manter a posição, apesar da forte contração económica do país. Na Prosegur Portugal trabalham atualmente 7600 colaboradores. No último ano, a empresa recebeu cerca de 29 mil candidaturas e fechou 2011 com 700 novas contratações. Um número que para José Lourenço, diretor de recursos humanos da empresa, deverá aproximar-se das metas fixadas também para este ano. “Tendo como referência o primeiro semestre de 2012, até ao final do ano poderemos recrutar cerca de 300 novos colaboradores”, adianta o diretor de recursos humanos.
José Lourenço integra a equipa da Prosegur há 12 anos e não tem dúvidas de que a missão que assumiu foi o grande desafio da sua carreira. A empresa, no auge do seu crescimento chegou a recrutar num só mês 380 novos colaboradores. “Havia necessidade de garantir o recrutamento, a formação e o desenvolvimento dos profissionais”, relembra. Hoje, os números são mais contidos, mas ainda assim dinâmicos face ao cenário global do país. Com uma média de 700 novos postos de trabalho criados ao ano, a Prosegur está neste momento a reforçar a sua equipa comercial. Está em curso um programa de recrutamento nacional para comerciais vocacionados para a área dos alarmes, que tem sofrido um forte crescimento, fruto do aumento da criminalidade. Em aberto estão 50 vagas, especificamente para esta área. Mas José Lourenço adianta que a empresa tem outras oportunidades.
Ao nível mais operacional, por exemplo, estão permanentemente em aberto vagas para vigilantes de segurança privada. “Neste perfil temos sempre processos de seleção a decorrer, bastando aos candidatos formalizar a candidatura através da nossa página online”, explica o diretor de recursos humanos que adianta ainda que “a vigilância humana representa cerca de 86% da totalidade dos colaboradores da Prosegur em Portugal”. O perfil destes colaboradores é diversificado. A média de idades situa-se nos 38 anos e cerca de 97% da população apresenta habilitações ao nível da escolaridade obrigatória e ensino básico. Mas a empresa tem procurado elevar esta fasquia, não só com a formação interna dos seus colaboradores (ver caixa), mas também com uma maior ligação a universidades de referência no panorama nacional. “Nos últimos dois anos temos estabelecido contactos e parcerias com a Universidade Católica Portuguesa e a Escola de Gestão do Porto e temos também colaborado com o ISCTE e o ISLA, através da integração de trainees para iniciar a sua carreira na área comercial”, explica José Lourenço.
A Prosegur recruta maioritariamente para áreas relacionadas com a sua atividade e para assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com os clientes. O processo de recrutamento tem sempre por base uma triagem feita com base nestas necessidades, ao que se segue a realização de provas de avaliação psicológica e testes psicotécnicos. “Numa primeira fase, estes testes são realizados através de um sistema de seleção assente numa plataforma multimédia. Adicionalmente aos testes poderão ser realizadas outras provas de avaliação, consoante o tipo de perfil que estamos a recrutar. Há provas de informática, línguas, dinâmicas de grupo para comerciais, por exemplo”, adianta José Lourenço.
As entrevistas são naturalmente parte deste rigoroso processo de seleção que não termina, para os perfis operacionais onde se incluem os vigilantes, sem uma formação sujeita a provas de avaliação de conhecimentos, cujo resultado é condição essencial para que o processo de credenciação do candidato dê entrada na Polícia de Segurança Pública (PSP). A par com todas estas competências, José Lourenço assegura que no momento de recrutar para a sua equipa há outras competências igualmente fundamentais. “A capacidade de comunicação, uma visão clara e objetiva do que pretende com a posição a que se candidata e para a sua carreira, um bom nível de relacionamento interpessoal e a atitude com que se apresenta no momento da admissão”, são factores considerados determinantes para o diretor de recursos humanos. “Uma atitude que deixe uma marca de quem tem vontade de lutar e ser vencedor, gosto por trabalhar por objetivos e forte orientação para os clientes são caraterísticas que não podem deixar de ser demonstradas por parte dos candidatos”, enfatiza.
Caraterísticas que para José Lourenço, um candidato deve interiorizar mesmo quando se concorre a um cargo fora da sua área de formação. Para o especialista, “não procurar emprego apenas na sua área de formação específica” pode facilitar o regresso ao mercado laboral em alturas de adversidade. “É fundamental que os candidatos procurem noutras áreas em que consigam estabelecer pontos comuns com a sua formação base. Pensar sempre que a polivalência pode ser uma caraterística que marca a diferença perante outros profissionais ou candidatos”, concluí.
Universidade da segurança
A formação é um dos factores chave na Prosegur. Com uma população de colaboradores maioritariamente detentora do ensino secundário, a empresa apostou forte num sistema de qualificação interna nas suas áreas chave. A Universidade Prosegur é hoje um dos benefícios que a empresa oferece aos colaboradores. Trata-se de uma plataforma de formação de e-learning que serve os centros de competência de todos os países do grupo.
Desde a criação desta estrutura, já foram lançados mais de 150 módulos formativos. “Cada país desenvolve novos módulos, mais específicos para a sua realidade e graças a este sistema de e-learning no último ano e meio, 3800 pessoas desenvolveram o seu processo de formação, disponível 24 horas”, explica José Lourenço. O diretor de recursos humanos da empresa em Portugal acrescenta que isto representa 136 mil horas de formação com conteúdos em áreas tão distintas como a administração, orientação ao cliente, legislação, certificação entre outros. “Estas formações são acreditadas pelo DGERT (entidade competente) e são complementadas por uma componente prática de um mínimo de 100 horas de formação ministradas presencialmente, com recurso a ferramentas técnicas”, refere José Lourenço.
Esta aposta na formação interna é um pilar muito importante para a empresa e uma das jóias da coroa para o seu diretor de recursos humanos que não se cansa de enfatizar a necessidade de, independentemente, da sua formação ou percurso, um profissional desenvolver continuamente as suas competências técnicas e comportamentais.
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