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Portugueses mais insatisfeitos

Os trabalhadores portugueses estão mais insatisfeitos e menos envolvidos com as empresas onde trabalham
16.04.2009


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Os índices de satisfação dos trabalhadores portugueses desceram, em 2008, cerca de 1,8% quando comparados com o ano anterior. Os dados são avançados pelo Observatório Nacional dos Recursos Humanos (ONRH), no seu relatório anual, que revela também que os colaboradores são hoje menos leais à organização onde trabalham do que eram em 2007.

A conjuntura está a alterar-se e o país atravessa uma fase nítida de desmotivação laboral. E essa desmotivação é, segundo os dados do último relatório da ONRH, transversal à formação académica ou sexo. Da análise de dados conclui-se que “o envolvimento dos trabalhadores é o factor que regista um valor médio mais elevado (73,8 pontos), por oposição ao reconhecimento e recompensa que registam os valores médios mais baixos (45 pontos)”.

Segundo o estudo, o índice médio global de satisfação das empresas portuguesas foi de 56,7 pontos no anos passado (numa escala de 1 a 100). O equivalente a uma quebra de cerca de dois pontos face ao ano de 2007. Desta análise da satisfação, o ONRH conclui que “os colaboradores na faixa etária dos 18 aos 25 anos são os que apresentam um valor médio de satisfação mais elevado (56,4 pontos), ao passo que os colaboradores entre os 26 e os 35 anos e os 36 e 45 revelam índices de satisfação média mais baixos (53,4 e 53 pontos, respectivamente)”.

No que respeita à antiguidade, o relatório deixa transparecer que “os trabalhadores com menos tempo de casa (cerca de um ano de permanência na empresa) são os que apresentam valores de satisfação mais altos (64,7 pontos)”.

Em termos de análise sectorial, o estudo do ONRH concluiu que os melhores resultados ao nível da satisfação ocorrem no sector privado, comparativamente ao sector público (embora este tenha subido relativamente aos resultados de 2007). É na área da distribuição que os valores de satisfação se assumem com maior força, por oposição à indústria e aos serviços.

Os resultados agora apresentados resultam de um inquérito com 52 questões, aplicado em 24 organizações nacionais, num total de 37.671 inquiridos.





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