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Portugal entre os líderes do gap de competências

Portugal entre os líderes do gap de competências

Em cinco anos, o défice de competências entre as necessidades das empresas e a qualificação dos candidatos disponíveis no mercado agravou-se em 14%. Portugal está entre s quatro países onde o desiquilibrio é maior. A escassez de profissionais qualificados já está a ameaçar o crescimento dos negócios. 

24.09.2016 | Por Cátia Mateus


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Portugal está entre os quatro países - de uma lista de 33 analisados no âmbito do Hays Global Skills Index 2016, o estudo global conduzido pela consultora de recrutamento Hays, em parceria com a Oxford Economics, sobre as competências mais críticas aos profissionais - onde o desequilíbrio entre as skills que os empregadores procuram e as que os profissionais disponíveis podem oferecer é maior. Segundo o estudo, a escassez de competências no mercado de trabalho europeu agravou-se pelo quinto ano consecutivo e começa a provocar danos na competitividade e crescimento das empresas e na sua produtividade. Os especialistas responsáveis pelo estudo avançam mesmo que só um investimento sólido em robótica e automação pode ajudar a atenuar os efeitos da escassez mundial de competências.

O último Hays Global Skills Index 2016, agora divulgado, analisa o mercado de trabalho em 33 economias globais. No caso específico português, Paula Baptista, managing partner da Hays Portugal, revela que os dados do estudo demonstram que “o mercado laboral recuperou algum dinamismo e, apesar de não ser suficiente para resolver alguns problemas estruturais, como o desemprego de longa duração ou o desajuste de talento, existe agora um esforço visível para os discutir e para que haja uma comunicação mais produtiva entre o sistema de ensino e os empregadores”.

Pressões salariais elevadas
A líder nacional da consultora explica que “apesar da elevada tensão que o desajuste de competências está a gerar no mercado de trabalho português, a classificação global de Portugal neste relatório melhorou ligeiramente em relação ao ano anterior”. A especialista acrescenta também que a ambiguidade que se vive na evolução da economia portuguesa, não parece estar a gerar impacto ou mais incerteza do que antes gerou, já que o desemprego continua a diminuir, ainda que de forma modesta. ?Já no campo dos salários, a falta de talento em sectores altamente qualificados, como as Tecnologias de Informação, “mantém as pressões salariais elevadas”, avança Paula Baptista.

À medida que a escassez de competências aumenta na Europa, a pressão começa a estender-se também ao mercado laboral de países como a Ásia, China e Índia. Os Estados Unidos, avança o estudo, também não ficam imunes e têm de lidar com níveis de desajuste de talento muito elevados, enquanto na América Central e do Sul aumenta o desemprego e as vagas disponíveis.?Para potenciar a dinâmica do mercado laboral, os Governos de alguns países aplicaram medidas que já estão a gerar impacto positivo.

O Hays Global Skills Index destaca os casos do Japão, que introduziu novas políticas destinadas a aumentar o número de profissionais do sexo feminino e imigrantes qualificados, e da Bélgica onde algumas reformas estruturais aprovadas estão a ajudar a melhorar o mercado de trabalho de um modo geral.



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