Margarida Cardoso
FAZER uma escola para empresários, capaz de dar
resposta a questões críticas como o "marketing"
internacional, fiscalidade ou legislação laboral, é
uma das apostas da nova Escola de Gestão Empresarial (EGE) do Porto.
O projecto, que resulta da colaboração da Associação
Empresarial de Portugal (AEP), Universidade Católica (UCP) e Universidade
de Aveiro, contempla também na sua oferta curricular MBA, pós-graduação,
conferências e "intraining company", com cursos de gestão
por medida nas próprias empresas. A pensar nos quadros intermédios
sem formação académica, a EGE propõe um curso
geral de gestão.
Mas é na formação para empresários que a escola
apresenta a sua proposta mais inovadora. E o potencial da procura é
promissor: "O mercado nacional tem esquecido este segmento apesar
de o nível médio de qualificação dos empresários
não ser muitas vezes superior ao dos trabalhadores", salienta
Joaquim Azevedo, administrador da AEP e um dos três directores da
EGE, juntamente com Alberto de Castro, da UCP, e Borges Gouveia, da Universidade
de Aveiro.
O envolvimento da AEP, que no ano passado pôs fim à parceria
com a Universidade do Porto na Escola de Gestão do Porto, presidida
por Daniel Bessa, garante a ligação ao mundo empresarial,
onde a EGE se propõe trabalhar tanto ao nível de topo, com
a élite dos grandes empresários nacionais, como noutros
segmentos, abrangendo diferentes níveis de qualificação
e os vários sectores de actividade.
Está também a ser estudada a criação de uma
rede internacional de escolas de gestão que permita experiências
de intercâmbio de alunos.