Pouco tempo depois de concluir a sua formação na área do ensino básico já Renato Paiva tinha interiorizado a ideia de que no mercado não existia nenhuma resposta apenas centrada na aprendizagem especializada e orientada para a educação. Tendo o ensino como área de qualificação, o jovem professor trabalhava numa policlínica, acompanhando alunos com dificuldades, quando decidiu tomar as rédeas da concretização daquilo que era o seu projeto de acompanhamento educativo. Tinha 23 anos quando criou a Clínica da Educação, com apenas cinco mil euros de investimento inicial. Oito anos depois, a empresa cresceu, garante emprego a 14 profissionais e apoio a um grande número de crianças e famílias.
Uma abordagem científica que envolve um trabalho coletivo com a criança, a sua família e a escola é a raiz do trabalho de Renato Paiva, na Clínica da Educação. A empresa disponibiliza serviços altamente especializados e atua nas áreas do apoio clínico, educativo, na formação e na consultoria. Diz o mentor do projeto que deu o passo em frente por acreditar que este era, claramente, “um mercado que era preciso credibilizar e explorar”.
A aposta não foi errada. Em oito anos o jovem empresário investiu no projeto 40 mil euros e criou 14 empregos, mas não vai ficar por aqui. “Iniciamos a Clínica da Educação em Corroios, depois mudámos para Almada e posteriormente migrámos para o centro de Lisboa”, explica Renato Paiva adiantando que a par desta mudança foi registada a marca Clínica da Educação “de modo a permitir uma melhor identificação dos serviços da empresa por parte do público-alvo”. Para arrancar com a empresa Renato Paiva necessitou apenas de cinco mil euros, o restante investimento foi realizado à posteriori e de forma faseada. Essa foi de resto uma das estratégias do empresário para minimizar o risco associado ao seu projeto, totalmente financiado com capitais próprios. “Não fugindo ao rigor orçamental, procurámos dar passos seguros para não derrapar em orçamentos que pudessem conturbar a estabilidade da empresa”, explica o diretor da empresa.
O investimento inicial já foi recuperado, mas o empresário prevê continuar a realizar novos investimentos para a expansão deste projeto que está a ponderar o alargamento para outras zonas do país. Escolas e famílias são os principais clientes da Clínica da Educação, seja na área de formação parental e profissional, seja na consultoria ou no apoio clínico, nos casos em que existem complicações de aprendizagem. “Fazer evoluir os alunos, os pais e as próprias escolas é a nossa especialidade”, intensifica Renato Paiva.
A adversidade não intimidou o empresário no momento em que lançou o seu projeto, nem a empresa deixou de se expandir por isso. Renato Paiva adotou um modelo de crescimento mais sustentado e, eventualmente, mais demorado. Mas esclarece que a empresa nunca parou de crescer. “A ponderação cuidada dos passos a dar e dos investimentos a realizar é ainda mais fundamental em cenários de adversidade”, esclarece o empresário que confessa ter recorrido muitas vezes aos conselhos de empresários mais experientes, com outros exemplos de gestão e orientação, para definir os passos a dar. Uma estratégia que, a par com a valorização dos colaboradores, respeito pelo consumidor, ambição, credibilidade e seriedade, tem permitido ao projeto de Renato crescer e alargar horizontes.
BI Empresarial
Promotor:
Renato Paiva, 31 anos
Formação:
Licenciou-se como professor do ensino básico, variante de Matemática e Ciências da Natureza, na Escola Superior de Educação de Setúbal. Realizou ainda uma formação em Dislexia e Necessidades Educativas Especiais, outra em Mutimédia em Educação e um mestrado na mesma área.
Área de atuação:
A Clínica da Educação atua nas áreas de apoio educativo, clínico, formação e consultoria.
Público-alvo:
Escolas e famílias.
Início de atividade:
2004.
Investimento inicial:
A empresa foi criada com cinco mil euros de investimento inicial, mas o investimento do promotor tem sido constante e já ultrapassou atualmente os 40 mil euros.
Empregos criados:
O projeto permitiu a criação de 14 postos de trabalho.
Principais dificuldades:
“Na altura, alguma burocracia legal pois ainda não tínhamos gabinetes de empresa na hora como hoje. Contudo, as principais dificuldades foram ao nível do financiamento que é sempre difícil para uma pequena empresa com pouco historial contabilístico”, explica o empreendedor.
Fonte de financiamento:
Capitais próprios e muita orientação nos investimentos. “Não fugindo do rigor orçamental, optamos por dar passos muito seguros para não derrapar em orçamentos que pudessem conturbar a estabilidade da empresa”, esclarece Renato Paiva.
Sítio online:
www.clinicadaeducacao.com