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Os senhores do conhecimento

Em Cascais, gestores experientes vão apoiar "recém-empresários"
09.03.2007


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Cátia Mateus
A Agência DNA Cascais vai colocar o prática empresarial de gestores experientes ao serviço de empresas ‘recém-nascidas', através da criação da Bolsa de Interim Management (BIMC). O objectivo da iniciativa é aportar conhecimento aos projectos na sua fase de arranque e, consequentemente, diminuir a taxa de mortalidade das empresas nos seus primeiros anos de actividade.

Criada a partir de uma estratégia mais vasta — que já envolveu mais de 2000 alunos de várias escolas — com vista a promover, incentivar e desenvolver um ecossistema empreendedor no concelho de Cascais, a BIMC permitirá, segundo Carlos Carreiras, presidente da DNA Cascais, “reunir uma selecção de gestores com experiência comprovada e disponíveis para transmitirem «know-how» e a sua rede de contactos, no lançamento de novas empresas no concelho”.

O líder da DNA Cascais explica que esta é a primeira iniciativa de «interim management» no país, concebida para projectos de nível concelhio e com o objectivo de apoio à criação de novas empresas. Carlos Carreiras adianta que a ideia de criar esta bolsa surgiu a partir da constatação de que “existia um conjunto de quadros muito qualificados, com uma excelente rede de contactos e experiência de trabalho junto de grandes empresas, mas que se encontravam fora do mercado de trabalho, por uma qualquer razão”.

Face a esta conjuntura, a agência DNA resolveu colocar esses profissionais ao serviço das empresas que está a ajudar a criar no concelho, seja no seu processo de criação, reestruturação ou modernização. “Já que estamos a tentar induzir a natalidade de empresas em Cascais, há que garantir que estas possam crescer fortes e seguras”, argumenta o presidente da DNA. O conceito é simples. A agência coloca aos dispor dos jovens empreendedores esta bolsa de profissionais especializados que podem ser recrutados como consultores ou integrarem o capital da empresa.

Carlos Carreiras esclarece que “a remuneração (participação no capital social, por objectivos, opções de compra de acções, ou outras) e o modo de intervenção do gestor dependem, exclusivamente da negociação entre as partes (empresa e gestor)”. Para as empresas, “a bolsa tem a vantagem de ser um importante núcleo de conhecimento que pode contribuir para um crescimento empresarial mais rápido e redução de riscos na implementação de novos projectos”.

À DNA cabe seleccionar os gestores a registar na base de dados, avaliar as candidaturas das empresas a este apoio especializado e promover a negociação entre ambas as partes. O especialista adianta que, “em termos estratégicos a prioridade vai para empresas com iniciativas na área do turismo, energia, ambiente e saúde, que são os «clusters» do concelho”. Carlos Carreiras adianta ainda que “depois do sucesso global do projecto DNA Cascais, o IAPMEI — que é parceiro — manifestou já disponibilidade para financiar, até 500 euros e por um período de nove meses, o recurso dos jovens empreendedores a esta bolsa de especialistas”.





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