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Os empregadores ideais

Estudantes lusos participaram numa pesquisa que demonstra uma clara preferência pelas empresas estrangeiras para trabalhar
31.10.2008


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Cátia Mateus
Os universitários portugueses deixam de lado as empresas nacionais e preferem alargar fronteiras trabalhando para organizações estrangeiras. De acordo com um estudo realizado pela consultora sueca Universum. Na lista das 30 empresas apontadas pelos estudantes portugueses como ideais para trabalhar, não há uma única referência a empresas lusas. Em matéria de emprego, o velho «slogan» “o que é nacional é bom” parece não convencer os jovens.

Google e L'Óreal lideram as ambições dos 700 universitários (da Universidade Nova, Católica e Universidade do Porto) questionados no inquérito europeu realizado pela consultora sueca para identificar as expectativas profissionais dos estudantes do velho continente. E na verdade, os resultados alcançados em Portugal, onde a preferência por empresas estrangeiras é mais do que evidente, contrariam a tendência verificada nos demais países onde o nacionalismo é motivo de confiança. Se por cá Google, L'Óreal e McKinsey surgem no «best of», noutros países a Ikea, Nokia, Louis Vuitton recolhem a preferência dos estudantes locais.

Mas o inquérito fornece ainda outros dados. Segundo a Universum, a consultoria e a gestão figuram entre as indústrias mais atractivas a que se acrescenta a banca de investimento e os serviços financeiros. Resultados que podem ter variado já que o inquérito foi realizado antes da actual crise financeira. Goldman Sachs, Morgan Stanley e JPMorgan conquistaram mesmo terreno face à Porsche e Siemens que tinham recolhido as preferências dos jovens em 2007.

Entre as principais ambições dos jovens em relação à carreira figura a conciliação entre a vida pessoal e familiar, logo seguido das ambições de internacionalização. A passagem por empresas estrangeiras, se possível fora do país, está na mira da grande maioria dos jovens portugueses. Por outro lado, a segurança profissional aparece apenas em 5º lugar na lista dos requisitos para a empresa ideal. Os jovens parecem dar mais valor a questões como a oportunidade de formação e aprendizagem, bem como aos desafios inerentes ao desempenho das suas funções.

Inovação, boa reputação da empresa e prestígio são os pontos fortes na altura de seleccionar o empregador ideal. Valores a que se juntam a cultura empresarial assente na criatividade e dinamismo e o ambiente de trabalho amigável.





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