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Os desafios dos novos lideres

High Play e a Agência da Inovação estudam liderança
18.01.2008


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Cátia Mateus

É necessário que os líderes ocupem menos espaço nas organizações para que estas alcancem o sucesso. Pode parecer caricata, mas a afirmação decorre de um estudo da consultora High Play, no âmbito de um projecto aprovado pela Agência da Inovação (AdI) que teve por base uma investigação conduzida junto de 130 gestores de várias organizações nacionais. Já se sabia que há vários tipos de líderes. O ‘espaço' que ocupam na organização entra agora também em linha de conta nas classificações possíveis para um gestor de topo. Não, não é brincadeira. Este espaço de que se fala não é, necessariamente, um espaço físico.

Segundo o estudo ‘Equipas de Alto Rendimento' desenvolvido para o Centro de Alto Rendimento da High Play — um organismo destinado a formar gestores e líderes nas áreas comportamentais e de processos, bem como investigação — “cerca de 80% das equipas com bons resultados apostam numa rotação natural do líder, o que mostra a importância do papel dos gestores no sucesso da organização”.

Esta rotatividade está ligada ao conceito de ‘espaço' referido no estudo. Para Mário Henriques, líder da High Play, “um líder ocupa menos espaço na sua organização se, por exemplo, atribuir responsabilidades em diversos patamares de modo a que quando houver necessidade da sua intervenção em dado momento, a sua eficácia seja maior”. Na opinião deste especialista, “para que a melhoria da performance ou do valor das pessoas seja concretizada, a formação é decisiva”. Contudo, Mário Henriques não fala de acções pontuais de formação, mas sim da combinação continua entre momentos de teoria aplicada, treinos de «outdoor» e casos práticos. Uma tríade cujo enfoque está na confrontação face a situações de crise e tomada de decisões. Isto porque, como refere, “a liderança pode ser inata, como também pode ser ensinada e treinada”.

O estudo agora apresentado, realizado junto de 130 gestores no terreno, revelou ainda que “as equipas com melhor desempenho tiveram a preocupação de estabelecer metas mais exigentes do que os exercícios propostos pediam, ao mesmo tempo que a sua produtividade e rendimento aumentava consoante o nível de compromisso das equipas”.

Uma realidade que torna evidente a importância do líder no seio do grupo e que leva Mário Henriques a defender que é necessário medir rigorosamente em que ponto uma organização perde rentabilidade, para delimitar formas de acção eficientes. Mas esclarece que o ‘espaço' que líder ocupa é fundamental. Quanto menor melhor. Quanto menor, mais eficiente. O ideal é que o líder tenha intervenções certeiras, em momentos chave, junto da sua equipa.





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