Cátia Mateus
Gestão Empresarial e Qualidade, Ambiente/Segurança, Reengenharia de Processos, Internacionalização, Energia e Eco-Eficiência são as áreas-chave sobre as quais incidirá a maior fatia da formação na Pequenas e Médias Empresas até 2010. As áreas temáticas foram alvo de uma minuciosa análise por parte do Ministério do Trabalho e Solidariedade Social que as considerou prioritárias em matéria de formação. Assim, nos próximos dois anos, ao abrigo do Projecto Move — Modernizar, Optimizar e Valorizar, cerca de 12 mil empresas verão as suas competências optimizadas nestas áreas, através de vários cursos.
Por ocasião da assinatura de um contrato-programa de formação especializada para as PME orçado em 24 milhões de euros, com a Associação Industrial de Portugal (AIP), o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, afirmou reconhecer que “os programas de formação no âmbito de anteriores quadros comunitários têm tido dificuldades em concretizar as suas ambições”. Para contrariar esta tendência o ministro enunciou algumas mudanças no programa para o próximo quadro, nomeadamente, “a generalização da formação de dupla-certificação, numa lógica de formação modular, a aposta na capacidade de mobilizar mais agentes e actores e a concentração nos instrumentos que provaram sucesso nos anteriores quadros”.
A gestão da formação das PME — que contará com uma dotação orçamental de 100 milhões de euros até 2010 — fica a cargo da Associação Industrial Portuguesa (AIP), da Associação Empresarial de Portugal (AEP), do Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento (IAPMEI), da AIMinho, do CAP, do CEP e da CCP. O objectivo, diz Vieira da Silva, “é alavancar a formação nas empresas para aumentar a onda de adesão à qualificação ao longo da vida”.