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Oportunidades iguais

A Einhell está a apoiar a formação de portadores de deficiência
15.06.2007


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Marisa Antunes
As políticas de responsabilidade social podem e devem ir além da dimensão da empresa. A Einhell Portugal é um bom exemplo de como uma PME consegue dar o seu contributo à sociedade em várias frentes. Com uma posição dominante no mercado de ferramentas para bricolage e jardim, a multinacional alemã Einhell está em Portugal há 13 anos e está instalada em Arcozelo, Vila Nova de Gaia.

Há dois anos, a empresa, pela mão do seu administrador Rui Gonçalves, estabeleceu uma colaboração com o Centro de Reabilitação de Gaia e desde então cerca de uma dezena de pessoas com deficiência passou a colaborar regularmente com a empresa na reciclagem de resíduos eléctricos e reconversão de equipamentos, chegando a processar uma média de 2500 máquinas por ano. “Eles actuam em equipamento, como berbequins e outro tipo de ferramentas, que vai ser desmantelado por já não ter reparação. Na prática, desmontam essas peças e separam-nas por materiais como o plástico, o metal e o cobre, que levamos depois para a reciclagem”, pormenoriza o responsável da empresa.

Uma espécie de ‘dois-em-um' de responsabilidade social, pois além de proporcionar mais competências e uma maior integração no mundo do trabalho de pessoas com limitações, a empresa dá a sua quota-parte de contributo na redução do impacte ambiental. “Com estas acções, a Einhell ganha boas práticas de gestão. Para nós seria mais simples enviar tudo ‘a monte' para reciclar, mas assim garantimos aprendizagem aos estudantes e temos uma separação efectuada de metal, cobre e plástico”, reforça Rui Gonçalves, sublinhando que estas ‘boas práticas' nada têm a ver com directivas vindas da casa-mãe na Alemanha.

“A nossa gestão é autónoma e este tipo de decisões são assumidas também localmente”, reforça. Recorde-se que faz parte das intenções governamentais o incentivo e o envolvimento da comunidade empresarial com os trabalhadores deficientes. Entre as promessas anunciadas pelo governo de Sócrates está a contratação de pessoas incapacitadas por 20 grandes empresas nacionais, num total de 400 estágios e 200 integrações profissionais.

Prevê-se que até ao final do próximo ano seja feita a readaptação ao trabalho de 800 candidatos por dez centros de reabilitação de todo o país. As metas a atingir passam ainda pela criação do próprio emprego através de apoios durante os primeiros três anos de actividade e de acções de formação complementar em empreendedorismo, para mil formandos na área empresarial. Os centros de emprego deverão garantir a presença de dois técnicos — um conselheiro de orientação profissional e um técnico de emprego na área da reabilitação profissional.





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