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O sucesso está no conceito de negócio

20.06.2003


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Cátia Mateus

NUM NEGÓCIO em "franchising" saber aproveitar as oportunidades e identificar o potencial de uma ideia é meio caminho andado para o sucesso.


Mas será que na altura de optar por este ou aquele negócio é a perspectiva de lucro rápido que deve determinar a escolha? Para os especialistas, num mercado competitivo uma empresa deve vencer antes de mais pela força do seu conceito.Em época de crise, diferença e inovação assumem-se como grandes trunfos.

É um facto que a conjuntura económica pouco abona a favor da criação de empresa, mas apesar do apanágio da crise o espírito empreendedor nacional dá sinais de vigor e a aposta no "franchising" continua a ter fortes adeptos.

De acordo com o "8º Censos - O Franchising em Portugal", realizado pelo Instituto de Informação em Franchising (IF), existiam em 2002 cerca de 354 "franchisadores" a operar no mercado. Das marcas presentes no mercado cerca de 38% são nacionais.

São os sectores do comércio e serviços que mais dominam numa modalidade negocial que Eduardo Miranda, presidente do IF, garante ter ainda "inúmeras oportunidades para trazer marcas inéditas para o mercado nacional".

A primeira regra para vencer neste objectivo, diz o especialista, é que "só vale a pena pensar em conceitos que tragam algo diferente e para os quais, naturalmente, haja consumidores dispostos a pagar a 'novidade'", quer se tratem de oportunidades nacionais ou internacionais.

Consciente de que não é fácil "descobrir o ovo de Colombo", Eduardo Miranda lança um alerta "há negócios que são tão inovadores, que por enquanto não há no país mercado que os justifique ou acabam por se revelar totalmente inadequados aos hábitos de consumo nacionais".

Assim, na altura de optar por um "franchising", mais do que o sucesso que a marca em causa possa ter no seu país de origem, é importante saber até que ponto Portugal aceitará o conceito de negócio.

Para Eduardo Miranda, todos os tipos de negócio podem ser interessantes. O presidente do IF assegura que "mesmo os mercados maduros não são oportunidades a descartar já que muitas vezes podem fazer-se bons negócios". Na opinião do especialista "um mercado maduro significa que já há um grande número de consumidores habituados a comprar o produto ou serviço".

Todavia, há que ter em conta que a notoriedade atrai a concorrência, daí que para Eduardo Miranda "se conseguir encontrar um conceito que tenha desenvolvido uma nova fórmula para trabalhar este mercado que vá ao encontro das necessidades do consumidor, pode estar diante de uma das mais interessantes oportunidades de negócio".

Um bom exemplo terá sido a entrada no país de algumas redes internacionais de "franchising" nos sectores da lavandaria, imobiliário e serviços para automóveis. Sectores bastante maduros, com muitos concorrentes, mas cuja oferta existente não respondia na plenitude às necessidades dos consumidores.

Na opinião do presidente do IF, são vários os tipos de negócios que podem ser interessantes na actual conjuntura. Contudo, a aposta deve centrar-se, segundo Eduardo Miranda, em: "negócios que não obriguem a uma loja num ponto comercial privilegiado; negócios onde o investimento do 'franchisado' seja pequeno e com potencial de exploração em cidades menores e na província ou pequenos serviços básicos e úteis aos particulares".








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