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O salão de todos os idiomas

A Expolíngua pretende não só divulgar as línguas e a sua aprendizagem mas também promover o conhecimento de outras culturas
16.02.2007


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Fernanda Pedro
A completar a sua 17ª edição, a Expolíngua irá mais uma vez abrir as suas portas entre os dias 8 e 10 de Março no Centro de Congressos de Lisboa. Serão cerca de 60 expositores que estarão presentes no evento que reúne os profissionais da língua portuguesa e estrangeira.

A Expolíngua Portugal — Salão Português de Línguas e Culturas foi realizada pela primeira vez em 1989, e nasceu da necessidade de criar em Portugal um evento que reunisse os vários agentes envolvidos no ensino e divulgação de línguas e na promoção de culturas, à semelhança de outros certames existentes nas principais capitais europeias. Este ano, a língua polaca é a convidada de honra do certame, estando neste âmbito programadas uma série de manifestações culturais, com o apoio da Embaixada polaca e do Ministério da Ciência e Ensino Superior da Polónia.

Segundo Miguel Borges de Sousa, organizador do evento, a “Expolíngua Portugal, assim como as suas congéneres europeias (Espanha, França, Itália, Alemanha e Inglaterra), tem por objectivo divulgar a importância da aprendizagem de línguas e do contacto com outras culturas. Deste modo combinamos no mesmo evento um espaço de exposição com «stands» e um programa cultural com apresentações, conferências, cinema, teatro, música, miniaulas de línguas, etc”.

O responsável assegura que este evento tem anualmente um número de visitantes que ronda entre os oito e os dez mil. “É um número que se tem mantido estável ao longo do tempo, com alguma oscilação que é explicada pela língua convidada em cada ano”, refere.

Quanto aos expositores presentes no certame, variam entre entidades públicas e privadas, ligadas ao ensino de línguas, à produção de materiais e equipamentos didácticos, ao turismo cultural e intercâmbios, à tradução e ainda representantes institucionais de outros países, nomeadamente embaixadas e institutos. Já os visitantes distribuem-se por estudantes, professores e profissionais ligados a actividades linguísticas. “Portugal tem uma tradição rica no ensino oficial, onde eram ensinadas ao longo de anos, duas a três línguas estrangeiras. Recentemente houve uma concentração quase exclusiva no inglês mas essa realidade está a alterar-se. Hoje considera-se que o inglês é indispensável mas a aprendizagem de uma segunda língua estrangeira é encarada cada vez mais como uma mais-valia fundamental”, explica Miguel Borges de Sousa.

Na verdade, os portugueses têm uma boa relação com as línguas, pela relativa facilidade de assimilação no estudo das línguas europeias. O responsável admite mesmo que “existe uma fácil adaptação fonética às línguas estrangeiras em geral, o que facilita todo o processo de aprendizagem”.

Mas quanto às saídas profissionais das pessoas formadas nesta área, Borges de Sousa, revela que a primeira saída é, quase sempre, o ensino. “No entanto, há um mundo de oportunidades em desenvolvimento e frequentemente não consideradas, nas áreas da tradução e interpretação. São áreas em crescimento em Portugal, no espaço europeu e além dele”, salienta o responsável.

Na realidade, o organizador da Expolíngua, considera que para arranjar emprego e iniciar uma carreira, o conhecimento de línguas estrangeiras, inglês e mais uma, “é um elemento essencial e incontornável. A nova realidade do mundo global deu relevância total ao multilinguismo e multiculturalismo”, conclui





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