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Lisboa lidera nos salários

Os trabalhadores do Porto ganham 7% menos do que na capital
16.02.2007


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Cátia Mateus
Os aumentos salariais nacionais deverão crescer, em 2007, de forma moderada. Mas as desigualdades entre norte e sul deverão continuar. De acordo com o último Estudo Salarial, realizado pela consultora Hays no decorrer de 2006, um trabalhador de Lisboa ganha, em média, mais 7% do que outro que trabalhe no Porto, nas mesmas funções. Uma diferença que pode ainda acentuar-se se se tratar de um profissional ligado ao sector financeiro (que ganha 10% mais na capital) ou à área do «marketing» onde, em Lisboa, os vencimentos são 10 a 15% superiores aos praticados na cidade Invicta.

O Estudo Salarial da Hays, analisa (tendo por base 15 mil entrevistas) as práticas salariais na Península Ibérica, nos sectores das finanças, engenharia e construção, TI e telecomunicação, bem como «marketing» e vendas. Os resultados para este ano apontam para uma subida moderada dos salários que, ainda em alguns casos — finanças e engenharia/construção — esta não deva ir muito além dos níveis da inflação. Ainda assim, os dados revelam algum optimismo no mercado de trabalho, nomeadamente para os sectores da banca, tecnologias e «marketing»/vendas, que são apontados como as áreas mais promissoras.

Além da análise sectorial, o estudo da consultora dá sinais de esperança a quem procura emprego e a quem está a recrutar. Depois da crise, o mercado está novamente a dar sinais de dinamismo e competitividade, ainda que tímidos. Por outro lado, com base na sua análise, a consultora avança que a atitude dos candidatos face ao mercado e à prática de salários variáveis está a mudar rumo a uma maior confiança.

Por sua vez, os incentivos extra-salariais ditam cada vez mais a permanência num emprego e são cada vez mais determinantes quando o objectivo é impedir a saída de um profissional para uma empresa concorrente. A nível sectorial, a Hays revela que o sectores da construção e engenharia deverão ser os mais penalizados em matéria de evolução salarial, não sendo de prever grandes aumentos ou dinamismo durante o corrente ano.

Numa análise à escala Ibérica, a consultora confirma aquilo que já vem sendo comum ouvir. Em Espanha, durante o ano passado, um colaborador ganhou em média 13,2% mais do que um trabalhador com iguais funções, em Portugal.





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