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O líder colaborativo

08.10.2004


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Ruben Eiras

OS LÍDERES colaborativos são a geração emergente de gestores nas organizações flexíveis. Esta é a principal conclusão de um estudo recentemente elaborado pela Hay Group, uma consultora especializada em recursos humanos.

De acordo com aquele documento, este tipo de liderança caracteriza-se pelo seu perfil "híbrido", ou seja, os gestores são responsáveis pelos resultados de um projecto ou departamento, mas não o controlam hierarquicamente.

Esta forma de liderança encontra-se com maior frequência nas áreas ligadas à gestão do produto e das marcas, ao marketing e na gestão de projectos. Ao nível operacional das suas funções, este gestor gera resultados para a sua área específica através do acesso a uma rede interna e externa de recursos sobre a qual possui pouco controlo. No âmbito estratégico, estes líderes definem, desenvolvem e criam programas de longo prazo, também por meio de redes.

"O líder colaborativo opera no 'limbo' das organizações, isto é, nos espaços deixados em branco entre as estruturas hierárquicas", explica o estudo. "São gestores que trabalham em território 'desconhecido', navegando entre vários níveis níveis e unidades organizacionais, cada uma com as suas especificidades. Mas embora sejam directamente responsáveis pelos resultados, não possuem autoridade directiva. É uma posição muito ambígua e incerta", realça o documento.

Quanto ao perfil de competências do líder colaborativo, os investigadores do Hay Group identificaram que estes têm que ser altamente proactivos, extremamente flexíveis e tenazes na busca de informação. Os gestores colaborativos deverão moldar a sua influência e comunicações de acordo com as pessoas, a situação e a cultura onde estão inseridos.

Outra conclusão do estudo é a de que os níveis hierárquicos nas organizações continuam a diminuir. Além disso, os investigadores também categorizaram três tipos de cargos executivos: o operacional, o conselheiro e o colaborativo (já mencionado). Com a redução dos níveis hierárquicos e a maior flexibilidade das organizações, o estudo aconselha as empresas a mapearem as carreiras dos seus gestores, de forma a desenvolverem à medida as suas capacidades de liderança, segundo o contexto da empresa e das suas funções.





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