Fernanda Pedro
INICIOU a sua carreira profissional como empregado de cargas e descargas na Tabaqueira e, em dez anos que trabalhou nesta empresa, passou por escriturário, chefe de secção da formação, chefe de serviços administrativos de recursos humanos, chefe de departamento até chegar ao cargo de director. Foi nesta altura que José Bancaleiro se apaixonou pela gestão de pessoas. Mas, ao longo da sua carreira, nem sempre esteve ligado aos Recursos Humanos (RH). Só depois de ter passado por outros desafios profissionais em diversas áreas é que acabou por regressar à sua verdadeira paixão.
Actualmente ocupa o lugar de director de RH da OPCA, empresa de construção civil e obras públicas, e foi graças aos seus trabalhos na área da gestão das pessoas que José Bancaleiro ganhou o prémio de RH Carreira 2004, atribuído pela RH Magazine.
Além desta vertente, José Bancaleiro, que tirou a licenciatura em Direito, uma pós-graduação em Gestão de Recursos Humanos e de Magistrado Judicial, já passou também pela área da magistratura judicial. Nos anos de 1983/84 fez o curso de Juiz e foi colocado no tribunal de Almada, onde esteve pouco tempo, pois algo mais forte chamava por ele. «Pedi para sair para regressar aos RH da Tabaqueira», lembra.
Assim aconteceu e nunca mais deixou a área. Passou entretanto pela Electroliber, pela multinacional farmacêutica GlaxoSmithkline, pela VP Corporate Human Resources da Altitude Software. Nestas empresas José Bancaleiro ganhou experiência internacional, «chefiei uma região europeia, fiz gestão de RH directa na Grécia, na Bulgária ou na Áustria», explica o responsável.
Seguiu-se a Essilor Portugal e por fim recebeu o convite da OPCA. «Aceitei o desafio de vir ‘cimentar' novas competências num sector tradicionalmente difícil como é a construção civil e obras públicas. Não é por ser a actual, mas confesso que foi até hoje a empresa onde fiz um trabalho que mais gozo me deu», salienta Bancaleiro.
Entre os momentos mais gratificantes da sua carreira profissional, o director de RH da OPCA refere que foram os da liderança de um processo de «turnaround» de uma empresa quando estava na indústria farmacêutica e que lhe mereceu um prémio internacional, por outro o projecto de retenção de talento efectuado na Altitude Software.
Com uma vida profissional preenchida, José Bancaleiro assegura que, numa carreira, também é necessário ter uma boa «pitada» de sorte, «mas sorte entendida como o momento em que a preparação se encontra com a oportunidade. A preparação é controlada por nós e, por isso, é nela que temos de investir, fazendo cada dia o melhor que está ao nosso alcance». O responsável acredita também que a «oportunidade não a controlamos, mas devemos estar preparados, atentos e ir à sua procura».