Vítor Andrade
ESTAMOS todos habituados a ouvir os sindicatos reivindicarem melhores salários e condições de trabalho mais favoráveis. Agitam-se as relações com as entidades empregadoras e fazem-se greves em torno destes objectivos. É saudável e legítimo que assim seja. Chama-se a isto defender direitos laborais.
O que nunca ninguém viu, porém, foi qualquer espécie de iniciativa sindical em prole do direito ao conhecimento que assiste aos trabalhadores. Quantas manifestações de rua já exigiram formação profissional e acesso continuado a novas qualificações? Provavelmente nenhuma. Henrique Neto, vice-presidente da AIP, levantou a questão esta semana num encontro promovido pela APG. João Proença, secretário-geral da UGT reconheceu a falha. Já é um começo. Oxalá algo mude a partir daqui.