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Multinacionais apostam na mobilidade

14.03.2008


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Cátia Mateus

As empresas multinacionais estão a investir forte nas suas estratégias de incentivo à mobilidade de talentos. De acordo com o relatório da Mercer ‘Global Compensation Strategy and Administration', as organizações estão a começar a globalizar as suas práticas de compensação salarial como forma de facilitar não só a mobilidade, mas também reforçar os valores e a sua cultura empresarial.

Cerca de 45% das multinacionais assumem uma abordagem exclusivamente global no desenho das remunerações, alargando o incentivo à mobilidade a diversos níveis funcionais desde o executivo aos gestores de segunda linha, à luz do relatório agora divulgado pela Mercer. Ainda assim, o mesmo documento revela que a maioria das empresas continua a assumir abordagens locais e regionais provando que há ainda um longo caminho a percorrer nesta matéria.[ASSIFIM]

Segundo Paulo Machado, «partner» da Mercer, “enquanto que a maioria dos programas globais de compensação se destinam a executivos e são definidos ao nível da sede, as estratégias para os outros grupos de empregados são muitas vezes determinadas localmente ou a nível regional”. O especialista refere que “embora a maioria das organizações inquiridas no estudo (84%) já tenha implementado uma estratégia de compensação global para os seus empregados de nível executivo, o mesmo não acontece para outros níveis funcionais da empresa”. E Paulo Machado vai mais longe referindo que "metade das organizações (53%) adoptou estratégias específicas de compensação global para os seus gestores de segunda linha, menos de um terço (30%) para os quadros técnicos e apenas uma em cada quatro (26%) para os colaboradores de vendas”. Uma realidade que, segundo o especialista está a mudar rapidamente, sobretudo ao nível da compensação de executivos.

Pedro Machado explica que “as empresas europeias estão menos vocacionadas para adoptar estratégias globais em áreas funcionais, em muito devido a uma maior sensibilidade às potenciais barreiras associadas à implementação de uma abordagem comum, nomeadamente no que toca aos aspectos legais, sociais e culturais”.

De acordo com este relatório, “muitas multinacionais não estão a seguir as melhores práticas em termos de desenho da estratégia de compensação global”.





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