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Multimédia gera negócio

Em 2003, dois jovens empreendedores abandonaram os seus empregos para criar a ZALOX
27.05.2005


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Cátia Mateus

NOS NEGÓCIOS, como em quase tudo na vida, é da partilha de experiências e conhecimentos que surgem as melhores soluções. Há dois anos, a partir de Vila do Conde, um programador informático e um fotojornalista — ambos já com experiência empresarial — apostaram tudo na criação de um projecto que correspondesse às suas ambições. Assim nasceu a Zalox, que materializa a paixão de Francisco Cardoso pela imagem e o fascínio de João Marques pela utilidade das tecnologias. Uma prova de que a complementaridade faz a diferença.


Apesar de conscientes de que, no mercado português, a relação das empresas com as ferramentas «web» ainda se encontra numa fase incipiente, esta limitação não foi suficiente para travar o projecto dos dois empreendedores. A Zalox tem como público-alvo o sector empresarial, abordando-o numa perspectiva transversal nos domínios do «design», programação, redes de informática e levantamento de imagem.

Na realidade, segundo Francisco Cardoso, «a opção pela criação da Zalox surgiu da necessidade de colmatar a falta de qualidade e de soluções existentes neste domínio». Desde cedo a equipa quis distinguir-se de outras microempresas cuja única meta é o lucro fácil e rápido na nova economia.

Hoje, a Zalox tem uma estrutura fixa de dois postos de trabalho (os empreendedores) e reúne uma vasta equipa de colaboradores apta a dar resposta às necessidades de cada cliente. A estrutura inicial reduzida foi a forma encontrada pela equipa para fazer frente à criação do negócio, totalmente sustentado com capitais próprios. O grande investimento foi feito em equipamentos e já está recuperado — «muito embora nesta área se sinta uma constante necessidade de remodelação e consequente investimento», explicam.

Apesar de conscientes do forte potencial de expansão que este sector ainda tem no nosso país, os empreendedores não se deslumbraram com as oportunidades e antes de criarem formalmente a empresa optaram por realizar um levantamento exaustivo do nicho a explorar e da concorrência. Uma opção que permitiu estruturar a empresa com o mínimo de risco na fase de arranque.

Desde o início, a jovem equipa foi ultrapassando inúmeras dificuldades. Actualmente a empresa segue uma tendência de crescimento sustentado. A equipa não nega que «um apoio financeiro catapultaria a empresa para uma dimensão superior», mas esclarece que no seu percurso não recorreu a nenhum tipo de subsídios, já que «a falta de apoio apenas potenciaria a desistência, o desânimo e a sensação de injustiça».

Para Francisco Cardoso e João Marques da Silva, num país onde a taxa de desemprego é cada vez mais preocupante, «o apoio consciente e adequado aos jovens empresários é a chave para fomentar a criação de postos de trabalho e para criar marcas nacionais capazes de exportar e dinamizar a economia interna».

A diversificação do negócio para outras áreas de actividade é uma das metas da empresa. Além dos serviços que presta, a empresa quer criar uma loja «online» para venda de computadores, servidores e instalação de circuitos. Outro dos objectivos é criar um banco de imagem direccionado para o sector dos «media» e ainda abrir um espaço para assistência informática a empresas.

B.I. Empresarial

Nome: ZALOX, Consultoria multimédia e informática

Ano de criação: 2003

Sede: Vila do Conde

Fundadores: Francisco Cardoso (28 anos) e João Marques da Silva (25 anos)

Área de actuação: ‘Design', programação, levantamento de imagem, redes, informática

Principais clientes: Sector empresarial, numa perspectiva transversal

Postos de Trabalho criados: Dois (a título permanente) e vários colaboradores externos

Conselhos: «O ‘know-how' da área onde se quer actuar é fundamental para criar um negócio» e «a convicção é essencial para vencer as disfunções burocráticas do quotidiano»





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