No ano letivo de 2009/10 o The Magellan MBA da Escola de Negócios da Universidade do Porto (EGP-UPBS) contava com 17% de alunos estrangeiros, um valor que ascende atualmente a 44%. Um crescimento também registado no The Lisbon MBA Internacional que de 25% em 2009 passou para 31% de estrangeiros no presente ano letivo. Os alunos apontam a qualidade dos programas, a forma internacional de fazer negócios e a interculturalidade que estes proporcionam, como os fatores que pesaram na escolha destas formações.
Samantha Levin frequenta o MBA da EGP-UPBS. “Vim para Portugal porque era uma oportunidade única de viver no Porto e aprender sobre negócios a partir de uma perspetiva internacional. Se eu tivesse prosseguido um MBA nos Estados Unidos, meu país natal, estou certa que estaria exposta sobretudo aos exemplos e melhores práticas de fazer negócios deste país”, explica. Conta ainda que a curta duração do curso (13,5 meses) e a forma equilibrada como treina hard e soft skills, pesaram na escolha. “É um programa reputado. O facto de ser ministrado em inglês garantia-me que as competências que iria aprender poderiam ser aplicadas em qualquer lugar do mundo. Além do mais, com quase 50% de alunos estrangeiros, sabia que iria aprender tanto com os colegas como na sala de aula”, afirma Samantha Levin. Antes de partir falou ainda com professores, incluindo um do INSEAD que lhe recomendou vivamente esta escola. Samantha Levin conta com colegas oriundos da Rússia, Polónia, Holanda, Brasil, Malásia, Índia, Malawi e Turquia.
Entre portugueses e estrangeiros são 24 os atuais alunos do The Magellan MBA. Jorge Bento Farinha, coordenador deste programa conta que o aumento de estrangeiros se deve à forte aposta que a escola tem feito na sua promoção internacional. “O sucesso dos nossos alumni, muito deles no topo das carreiras de gestão em Portugal e no estrangeiro é um enorme fator de atração de novos candidatos”, acrescenta. O curso tem também ganho visibilidade internacional, nomeadamente pelo facto de uma equipa oriunda deste programa ter-se sagrado vencedora numa competição internacional de MBA's, a John Molson International MBA Case Competition, realizada no Canadá, em janeiro. “Há dez anos que nenhuma escola europeia conseguia esse feito”, refere Jorge Bento Farinha. Mas na sua opinião, a existência de projetos finais de incluem empreendedorismo de base tecnológica ou social e interships em empresas, bem como o serviço de carreiras e de colocação de alunos no mercado de trabalho, pesam também na opção por esta formação.
Mas não é apenas no Porto que um MBA é muito procurado por estrangeiros. Lisboa conta também com um caso de sucesso. Estados Unidos, Brasil, Venezuela, México, Colômbia, Bélgica, Polónia, Reino Unido e Índia, são algumas das nacionalidades presentes no The Lisbon MBA International, uma parceria entre a Universidade Católica de Lisboa e a School of Business & Economics da Universidade Nova de Lisboa que conta com a colaboração do MIT Sloan School of Management. O curso conta com 32 alunos portugueses e estrangeiros. David Pereira é colombiano, mas viveu nos últimos tempos nos Estados Unidos. “Senti que ao fazer um MBA em Portugal a minha busca pelo conhecimento humano e académico seria maior do que se tivesse ficado nos Estados Unidos. Acredito que a qualidade em termos académicos seja igual ou superior ao de outras universidades americanas”, salienta. Acrescenta que a interação humana, as diferenças culturais, a forma de resolver problemas, os processos de pensamento e a ética deste curso, cativaram-no. “Recomendaria este programa a todos os que procuram desafios, que gostam de ser desafiados e que buscam o melhor em si e nos outros”, finaliza David Pereira.
Belén De Vicente, diretora executiva do The Lisbon MBA International revela que “os resultados de empregabilidade do programa confirmam que é possível investir num MBA como progressão ou mudança de carreira. No atual ambiente de incerteza política e económica, a taxa de empregabilidade em 2010 nos três meses após a graduação foi de 80% e 39% dos alunos aumentaram o seu salário bruto, cujo valor é em média 58.600 euros por ano”. Refere ainda que no grupo de empresas que recrutam alunos neste MBA constam nomes como AstraZeneca, Banif Investimento, Caixa BI, EDP Renováveis, Google, entre outras. Também esta formação tem apostado numa forte promoção no estrangeiro, que tem dado frutos. A grande mobilidade por parte de alunos que acabam o MBA e que voltam para o seu país de origem ou que vão trabalhar para o estrangeiro, também tem ajudado à promoção. Os estágios profissionais no verão, em Portugal ou no estrangeiro, a imersão no MIT em Boston durante o mês de junho e as relações estabelecidas com o mundo corporativo são fatores que para Belén De Vicente pesam na escolha por este MBA.