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Mercado de trabalho e salários europeus crescem em 2005
06.01.2006


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Fernanda Pedro

A REMUNERAÇÃO média real em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Alemanha, Itália e Polónia cresceu 0,6 % em 2005, em relação a 2004. Apesar da análise global mostrar um crescimento, a Alemanha e a Espanha registaram quebras significativas. Já o Reino Unido, Polónia e Portugal evidenciaram crescimentos de 2,3%, 2,2% e 2,1% respectivamente. Em França e Itália ocorreram aumentos mais suaves, nomeadamente 0,5% e 0,7%.

Estes dados resultaram do estudo — Euroíndice laboral IESE/Adecco —, elaborado pela Adecco, uma multinacional na área da gestão de recursos humanos, pela IESE, escola espanhola de direcção de empresas da Universidade de Navarra e pelo El IRCO, um centro de investigação de recursos humanos da IESE. O estudo analisa o mercado laboral de sete países europeus no terceiro trimestre de 2005 e previsões até ao primeiro de 2006. Até Março deste ano o salário real médio deverá continuar a crescer mas a um ritmo mais lento. Em Itália prevê-se que cresça 0,2%, no Reino Unido 1,2% em Portugal verificar-se-á um crescimento de 1,4%.

De acordo com o Euroíndice laboral, no período de Junho de 2004 a 2005 criaram-se na Europa 1.686.000 empregos, mostrando com isso um crescimento anual de 1,1%. Também a taxa do trabalho temporário (TT) europeu aumentou em 15,8% no terceiro trimestre de 2005, registando o nível mais alto desde 1997. Relativamente à ocupação de postos de trabalho, entre Setembro de 2004 e Setembro de 2005, 1.092.000 mulheres obtiveram emprego contra 595.000 de homens. Para os próximos meses, o Euroíndice prevê que aumente o número de emprego feminino. Sete dos 10 novos empregos serão ocupados por mulheres.

Já os jovens continuarão a perder terreno na ocupação de postos de trabalho, se bem que a menor ritmo do que os trimestres anteriores. França, Itália, Portugal e Reino Unido reduziram o número de jovens ocupados. Nos próximos meses essa redução irá manter-se mas menos acentuada. Espanha e Polónia foram os únicos países a incorporar jovens em postos de trabalho e com taxas de crescimento maiores que nos trimestres anteriores. Para o primeiro trimestre de 2006 os jovens terão uma participação de 10% do mercado de trabalho, menos do que em Março de 2001 que tinham uma participação de 10,9% no total de empregos.

Na globalidade, no último trimestre deste ano a Espanha, o Reino Unido e a Itália incorporaram menos trabalhadores em relação aos trimestres anteriores, com excepção da Alemanha e da França. Polónia e Portugal mantiveram um ritmo similar.





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