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Mais emprego para pessoas com deficiência

17.04.2003


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Cátia Mateus

NUMA altura em que se comemora o Ano Europeu da Pessoa com Deficiência sucedem-se as iniciativas (em vários domínios) no sentido de promover o direito à plena integração na sociedade dos portadores de deficiência. O acesso ao emprego e à formação não são disso excepção.





A Associação Industrial Portuguesa (AIP) acaba de lançar, em parceria com o Governo Civil de Lisboa, no seu "site" uma Bolsa de Emprego vocacionada para pessoas com necessidades especiais. Em www.aip.pt, o caminho é apenas um: o da integração.

A AIP disponibiliza a partir do seu sítio uma plataforma que permite aos portadores de deficiência procederem à sua inscrição numa Bolsa de Emprego, através da internet. A ideia é criar uma base de dados a partir da qual os empresários e sócios da AIP possam recrutar funcionários.

O projecto fornece ainda um vasto leque de informações úteis sobre as vantagens legais de que as empresas beneficiam por ajudar os portadores de deficiência a encontrarem um lugar no mercado de trabalho.

Promover a formação e informação

À parte desta iniciativa, outras se perfilam no panorama nacional até porque a integração destes profissionais também se faz através de um acesso mais facilitado aos sistemas de formação e informação.

Neste contexto, o Governo apresentou recentemente um pacote de medidas onde se integra o programa ACESSO, desenvolvido pelo antigo Ministério da Ciência e Tecnologia e actualmente gerido pela Presidência do Conselho de Ministros.

Uma das metas deste programa é reforçar a acessibilidade e as tecnologias de apoio nos currículos e iniciativas de Ensino Superior. Francisco Godinho, membro da coordenação estratégica do programa e coordenador do Centro de Engenharia de Reabilitação em Tecnologias de Informação e Comunicação da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (CERTIC), explica que "é necessário investir na formação de alunos e professores de forma a fornecer-lhes os conhecimentos necessários e sensibilizá-los para estas questões".

Neste contexto, uma das iniciativas previstas poderá passar por envolver as licenciaturas em Engenharia no esforço de desenvolver soluções ao nível do "software", "hardware" e outras tecnologias de apoio que permitam facilitar o acesso da informação ao maior número de pessoas.

Para Francisco Godinho, é notório que "as próprias universidades terão de ter recursos e materiais adequados aos alunos com deficiência para que, por exemplo, um aluno que não possa estudar através do livro tradicional tenha o seu conteúdo disponibilizado em formato digital".

Entre os vários projectos a concretizar neste campo destaca-se uma aposta forte no estímulo à investigação nestes domínios e o reforço à criação de "sites" acessíveis a pessoas com necessidades especiais.





 





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