O Ketchum Leadership Communication Monitor 2014 (KLCM 20214) inquiriu 6509 profissionais em 13 países dos cinco continentes, para avaliar a liderança e a comunicação eficaz, bem como a ligação entre ambas. O estudo, não só elenca os atributos considerados críticos para uma boa liderança como conclui que “o futuro da comunicação de liderança faz-se cada vez mais no feminino”. A comunicação com liderança tem um impacto direto nas decisões de compra e venda nas empresas e por isso, segundo o estudo, “os líderes evangelistas têm uma influência efetiva sobre os resultados comerciais e de reputação das organizações”.
A investigação, conduzida em países com especificidades tão distintas como os Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França, China, Itália, Índia, Emirados Árabes, Brasil entre outros, sinaliza o aparecimento de um novo modelo de comunicação de liderança “no feminino” e constata que “a liderança feminina saiu confortavelmente a ganhar nas quatro características mais importantes de uma liderança eficaz”. 57% dos inquiridos consideraram que as mulheres são mais fortes a liderar pelo exemplo e só 43% colocaram os homens neste ranking.
Em paralelo, “elas” também de destacaram em patamares como a liderança sustentada numa comunicação aberta e transparente (62% versus 38%), assunção de erros (66% versus 34%) e na liderança que destaca o melhor dos outros (61% versus 39%). Segundo o KLCM 2014, os líderes masculinos e femininos só se aproximam em desempenho no que diz respeito a lidar com questões controversas ou críticas com calma e confiança (48% para elas e 52% para eles). No total, enfatiza o relatório, as líderes femininas venceram em cinco das sete principais características analisadas.
Mulheres ao poder?
A pesquisa do KLCM constata ainda que, globalmente, os líderes masculinos consideram que os seus homólogos do sexo feminino irão liderar ps desafios dos próximos cinco anos. Tal não quer, porém, dizer que todos os futuros líderes devam ser mulheres ou que homens não têm lugar na liderança. “Os resultados alcançados revelam mensagens com uma importância vital para os líderes de ambos os sexos, á medida que continuam a ter de gerir a crise de liderança que existe neste momento”, explica Rod Cartwright, diretor de Global Corporate & Public Affairs Practice da Ketchum.
De igual modo, Barri Rafferty, senior parter da organização, salienta que “para inspirar confiança, os líderes de ambos os sexos precisam de evitar uma abordagem de comando e controlo que tende a ser considerada como algo dominador ou até arrogante”.O especialista aconselha a que líderes prossigam um novo modelo de liderança baseado na transparência, colaboração, diálogo genuíno, valores e de onde resulte claro o alinhamento entre as palavras e os atos. Modelo este que, confirma, “tem vindo a ser seguido de forma mais consistente pelos líderes do sexo feminino”. A pesquisa parece, segundo ambos os responsáveis, colocar finalmente de parte a falsa questão de que as mulheres precisam de agir como os líderes do sexo masculino para deixar a sua marca.