Vítor Andrade
A DESCENTRALIZAÇÃO do ensino superior foi um passo em frente no desenvolvimento de algumas mentalidades e, provavelmente, também do próprio país. Levaram-se universidades para fora de Lisboa, Porto e Coimbra e, com elas, gente nova que ajudou a repovoar uma boa parte das cidades do interior. Estimulou-se a economia local com mais comércio e mais serviços. Dir-se-á que foi um salto em frente. Depende da perspectiva.
Se analisarmos a qualidade do ensino, talvez o balanço já não seja tão satisfatório. Onde é que está, por exemplo, o contributo dado por essas universidades ao desenvolvimento científico das suas regiões e do país? Onde é que está a capacidade de cada uma das cidades contempladas para segurar a excelência dos recursos humanos aí formados? Pois é. Há qualquer coisa que continua a faltar.