João Barreiros
jpbarreiros@hotmail.com
O ANO que está prestes a terminar fica assinalado,
em Portugal, pela tentativa de reforma das leis laborais. As consequências
desta reforma não serão totalmente visíveis para
já, até porque os acordos de empresa - quando eles existam
- ainda serão válidos durante alguns meses.
Mas a tendência é para uma mudança
profunda na forma de organizar o trabalho e no relacionamento entre quem
paga e quem recebe.
O aumento do trabalho temporário, constatado pelas empresas do
sector, é o primeiro sinal desta mudança: os empresários
expõem-se menos, uma vez que podem contratar mais gente quando
o ciclo económico é positivo, e abdicar desses contratos
quando a situação se inverte.
Não nos esqueçamos, porém, de que os trabalhadores
temporários são tendencialmente pouco especializados, ao
contrário do que seria desejável para o mercado português.