São menos e mais seniores. A administração pública perdeu mais de 71 mil profissionais em três anos, entre 2011 e 2014, e só 1,7% dos que lá permanecem são jovens com menos de 24 anos de idade. Os dados foram apresentados recentemente pela Direção-geral da Administração e Emprego Público (DGAEP) que faz uma radiografia à evolução do emprego no sector do Estado nos últimos três anos. Segundo os números divulgados pela DGAEP, no final do ano passado, os quadros do Estado somavam 655.820 profissionais face aos 727.294 registados em 2011. Uma redução que tem sido maioritariamente sustentada por saídas para a reforma e rescisões por mútuo acordo, sem reposição de trabalhadores.
Do total de profissionais que atualmente desempenham funções na administração pública, a maior parcela são profissionais pouco qualificados e com salários mais baixos que, à luz dos dados da direção-geral, ocupam funções de assistentes operacionais ou assistentes técnicos administrativos, muito embora também tenha forte expressão o grupo dos professores, nomeadamente educadores de infância e professores do básico e secundário. Menos expressão tem a presença de jovens no grupo dos profissionais do Estado. Somente 1,7% (pouco mais de 11 mil) do número total de trabalhadores da administração pública tem menos de 24 anos, tornado clara a tendência de envelhecimento no sector onde a faixa etária predominante se fixa nos 45/54 anos, grupo que representa 34,3% do universo total de trabalhadores do Estado. Segundo os dados da DGAEP, no último ano, o salário médio de um dirigente da administração pública rondou os 2621 euros mensais.