Em dois anos de atividade, o negócio da tecnológica Growin superou as previsões iniciais e antecipou etapas que Sónia Jerónimo, diretora executiva (CEO) da empresa só tinha perspetivado para mais tarde, como a da internacionalização. A gestora está focada no mercado do Reino Unido, onde a empresa já está a atuar mas cuja atividade quer expandir, e já prepara a equipa para a missão em terras de sua majestade. Durante este ano a empresa de consultadoria em tecnologias de informação (TI), vai integrar pelo menos 40 profissionais. O processo de seleção já está em marcha.
Em 2015, o primeiro ano de atividade da Growin, a faturação da empresa rondou os €2 milhões de euros. No ano passado, quando as contas de Sónia Jerónimo apontavam para uma duplicação da faturação alcançada no ano anterior, a tecnológica fechou o ano com €5 milhões de euros, um total de 168 profissionais na sua equipa (mais 58 do que no ano anterior), abriu novo escritório no Porto, deu origem a uma spin-off a Growin Innovation, especializada em service design (design de serviços), e posicionou-se como a oitava melhor empresa para trabalhar em Portugal na lista do Great Place to Work Institute. Para 2017 as metas da gestora não são menos ambiciosas: “queremos faturar €7 milhões, aumentar a equipa ao ponto de superar os 200 profissionais, lançar um novo projeto interno de recursos humanos - focado na gestão dos nossos talentos, promoção do seu crescimento profissional e formação de novos líderes - e preparar uma entrada sustentada no mercado do Reino Unido, onde até 2020 queremos estar a faturar pelo menos €5 milhões, com serviços de nearshore de elevada qualidade”, explica a CEO.
Talentos necessários
Juntar os profissionais mais talentosos da área das tecnologias de informação é, segundo a gestora, uma missão que acompanha a empresa desde a sua fundação. E é nisso que Sónia Jerónimo volta a estar focada este ano. A gestora admite que o número de 40 profissionais a contratar possa vir a ser superado, até porque, como refere, “os processos de identificação e captação de talento na empresa são contínuos e decorrem ao longo de todo o ano”, mas deixa claro qual é o seu foco. A empresa quer atrair profissionais ligados à engenharia de software, “desde open source, muito na linha das novas competências que cada vez mais as empresas estão a procurar - big data, analistas de dados, analistas de negócio - e também na linha das aplicações móveis”.
A contratação destes talentos é justificada por Sónia Jerónimo com “o crescimento do negócio da empresa e dos clientes que esta mantém e a quem fornece soluções suportadas por uma equipa de profissionais altamente qualificados”, mas também com o projeto de internacionalização que a Growin tem em curso no Reino Unido, onde quer posicionar-se como uma prestadora de serviços de alta qualidade ao nível da engenharia de software. “Queremos entrar neste mercado de duas formas: on-site, em clientes no Reino Unido através do que designamos de teams on the job (equipas em campo), e em nearshore, trazendo projetos do Reino Unido para Lisboa”, explica Sónia Jerónimo acrescentando que a empresa tem já neste momento equipas cá que estão a atuar em projetos de clientes internacionais na área dos sistemas distribuídos (computadores ligados em rede, com software que permite a partilha de recursos e a coordenação de atividades).
À lista de especialistas já referidos que quer contratar este ano, Sónia Jerónimo acrescenta ainda os creative designers (designers criativos) e design thinkers, “muito na linha da transformação digital que as empresas estão agora a consolidar” e também a pensar no reforço da Growin Innovation, a spin-off de consultadoria estratégica em design de serviços que a Growin criou em 2016 e que, com uma equipa de apenas cinco elementos, superou nos primeiros seis meses de atividade um volume de negócios de €100 mil. Um valor que a CEO quer este ano aumentar para o meio milhão de euros. Além dos projetos que já detém no Reino Unido, a Growin está a atuar também junto de clientes na Holanda e na Bélgica, reforçando a sua estratégia para 2017: a internacionalização.