O que há de comum entre uma lanterna que em vez de pilhas funciona à base do calor humano, a utilização de bactérias naturais no combate à fome no mundo, a criação de sensores que podem ser utilizados como acessórios ao serviço da terceira idade ou a criação de bioplásticos a partir de cascas de banana? Todas estas ideias nasceram da mente de jovens sub-18 com vontade de mudar o mundo, a quem o Google serviu de montra através da competição global Google Science Fair. A quinta edição desta competição global já está no terreno e em jogo estão viagens e um prémio de cerca de 44 mil euros (50 mil dólares).?Desde quarta-feira que a plataforma criada pelo Google para acolher as ideias de jovens cientistas, entre os 13 e os 18 anos, espalhados pelo mundo está operacional.
No site dedicado à Google Science Fair (www.googlesciencefair.com), o espírito empreendedor e inovador dos mais jovens volta a estar em destaque e além de submeterem as suas ideias podem também conhecer os projetos vencedores de anos anteriores e encontrar dicas para criar a melhor ideia, dentro da sua área de interesses. O propósito é comum a todos: criar algo capaz de mudar o mundo.?“A ciência está relacionada com a observação e com a experimentação. Está relacionada com o explorar questões ainda sem resposta, resolver problemas através da curiosidade, aprender à velocidade de cada um e nunca desistir de tentar”. Foi desta forma que Miriam Schneider, membro da Google Education Team resumiu a Google Science Fair na apresentação online aos jovens candidatos da competição, promovida conjuntamente com a LEGO Education, a National Geographic, a revista Scientific American e a Virgin Galactic.
À semelhança dos anos anteriores, Schneider vou a apelar a jovens investigadores, cientistas, exploradores e construtores de ideias que apostassem em “algo ambicioso, algo imaginativo ou até mesmo inimaginável”. ?As candidaturas à ediçao 2015 da Google Science Fair decorrem online, através da plataforma do evento, até 18 de maio e direcionam-se a jovens estudantes, de qualquer ponto do globo, com idades entre os 13 e os 18 anos. A submissão de candidaturas pode ser feita em várias categorias, desde a biologia, às ciências da computação, antropologia, energia, física ou outras.
Na edição deste ano há algumas novidades, nomeadamente a criação de prémios para reconhecer o ensino inspirador de um professor, um projeto de relevo numa área vital como impacto na comunidade ou até o reconhecimento da excelência científica do projeto de um jovem estudante considerado promissor. ?Entre os prémios previstos para os vencedores estão viagens promovidas pela National Geographic Expedition às Galápagos, visitas à sede da LEGO na Dinamarca que permitirão aos estudantes conhecerem os designers da marca, bolsas de estudo oferecidas pela Google e pela revista Scientific American e a oportunidade de visitarem a nave espacial Virgin Galatic na Mojave e Spaceport. Os finalistas regionais da competição deste ano serão conhecidos no início de junho e os finalistas internacionais em agosto.