Os executivos portugueses estão mais otimistas em relação à evolução da economia. Cerca de 71% dos líderes empresariais que participaram no CEO Survey 2014, da Stanton Chase, apostam no crescimento moderado da economia para este ano. Em 2013, a percentagem de “otimistas” não excedia os 28%.
Entre os factores que ainda estão a criar obstáculos à evolução da favorável das empresas nacionais estão a falta de orientação estratégica consistente no país, apontada por 60% dos líderes, a justiça lente e ineficaz (51%) e as políticas fiscais e burocracias desadequadas às necessidades das empresas (44%). Ainda assim, segundo o estudo, os CEO nacionais destacam aspetos positivos na evolução de alguns área de atividade no último ano, sobretudo no que diz respeito ao aumento da sua capacidade competitiva face ao estrangeiro.
Sectores como o Turismo e Hotelaria, as Telecomunicações/ Tecnologias de Informação e a Agricultura/ Agroalimentar, são apontados pelos líderes empresariais nacionais como exemplos de crescimento da capacidade competitiva nacional face aos mercados globais. Segundo as conclusões do inquérito, “relativamente às principais linhas de orientação do negócio para 2014, o tom das empresas é positivo e ambicioso: 36% mencionam estratégias de crescimento, 34% de internacionalização e também 34% de diversificação”.
Objetivo de líderança: resultados
As competências dos gestores portugueses também mereceram a análise da consultora nesta edição do CEO Survey. Considerando o mercado em que se insere a respetiva empresa, os CEO’s foram questionados sobre quais os factores e competências mais valorizados na seleção de líderes executivos. A orientação para resultados foi apontada por 51% dos inquiridos como um factor chave, logo seguida pela focalização nos clientes (51%) e pela visão estratégica do negócio (43%).
Em matéria de dificuldades na gestão de colaboradores, os CEO’s nacionais apontam as questões ligadas à flexibilidade, adaptabilidade, criatividade e inovação (todas com 36% das respostas) e o foco em resultados (33%), como os principais problemas que encontram nas suas equipas. De acordo com o estudo, os líderes empresariais tendem a sentir-se mais realizados profissionalmente com os resultados que alcançam (72%) e não tanto com as questões salariais que só foram apontadas como determinantes por 14% dos inquiridos.
O estudo procurou ainda avaliar a visão dos gestores sobre Portugal enquanto país para trabalhar, comparativamente a outras geografias. Cerca de 47% dos líderes empresariais classificaram como “bom” ou “excelente” trabalhar em Portugal e 38% atribuiram uma classificação de “razoável”. Entre os principais factores de atratividade do país para os profissionais estão a qualidade de vida (585), o nível de segurança do país (42%) e a cultura de hospitalidade do povo (35%).