Depois de três anos em queda, o número de trabalhadores da Administração Pública está a aumentar desde 2015. Mas, a recuperação está longe de compensar a sangria dos anos da troika. No período negro do ajustamento multiplicaram-se as saídas da função pública, muitas delas por reforma antecipada. Tudo somado, o Estado (sem contar com empresas públicas) contabiliza 675.320 postos de trabalho (em junho de 2018), menos 52.465 do que no final de 2011.
A redução é transversal a muitas das carreiras da função pública. E foi acompanhada por um envelhecimento dos trabalhadores do Estado (ver texto ao lado). Mas faz-se sentir de forma mais pesada nos assistentes operacionais e nos professores. São estas as carreiras com maior redução absoluta de postos de trabalho entre 2011 e 2018. Os assistentes operacionais (que abrangem trabalhadores com funções de natureza executiva, por exemplo, auxiliares de ação médica ou de educação, condutores de veículos, canalizadores, cozinheiros, empregados de limpeza ou de balcão, jardineiros, operários e pedreiros) perderam 21.337 empregos (menos 12,3%), enquanto nos professores (educadores de infância e docentes do ensino básico e secundário) a diminuição foi de 15.805 (menos 10,5%). Em conjunto, estes dois grupos perderam mais de 37 mil empregos, número que vale 70% da redução de trabalhadores da Administração Pública neste período.
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