Ajudar os jovens europeus a encontrar um primeiro emprego noutro país da União Europeia é a missão do projeto “O Teu 1º Emprego Eures”, enquadrado nas iniciativas Juventude em Movimento e Oportunidades de Emprego para os Jovens, no quadro da Estratégia Europa 2020. Lançado em 2012 com a meta de atingir cerca de 5000 jovens candidatos a emprego, o programa abrangia apenas um leque restrito de serviços e ofertas de emprego que surge agora alargado e com potencial acrescido.
Com a taxa de desemprego jovem em níveis preocupantes, o programa tem vindo a conquistar um número crescente de adeptos. Dele podem beneficiar jovens candidatos a emprego com idades entre os 18 e os 30 anos, naturais e residentes num país da União Europeia e nunca tenham tido uma experiência profissional fora do seu país. Segundo a Eures, “não poderão, por agora, ser consideradas situações de estágio académico ou profissional, emprego sazonal e de Verão, situações de destacamento ou propostas de contratos de trabalho de curta duração”.
Para beneficiarem deste apoio que contempla vários inventivos financeiros à mobilidade internacional, os candidatos deverão ainda participar numa das atividades de recrutamento mediadas pela rede Eures no seu país, ser convidado para uma ou mais entrevistas de emprego no âmbito dessa participação e ter uma proposta de contrato de trabalho noutro país da UE, com duração mínima de seis meses.
Apoios para internacionalizar
O programa “O teu 1º Emprego Eures” prevê dois tipos de apoios financeiros à mobilidade. Numa primeira fase o programa prevê o financiamento das despesas com deslocações a outros países da União Europeia, para participação nas entrevistas de emprego para as quais o candidato tenha sido selecionado. Posteriormente, e sempre perante a existência de uma proposta de contrato de trabalho de duração não inferior a seis meses, o programa prevê a cobertura das despesas iniciais com a mudança e integração no país de destino. Aqui estão incluidas questões como o alojamento, mas também a formação em idiomas. Os apoios a conceder estão contudo sujeitos a plafonds máximos de elegibilidade.
Em 2014, o programa está a ser dinamizado através de projetos-piloto liderados por sete organizações de cinco países: Suécia, Itália, Dinamarca, Espanha e Holanda. Portugal participa no projeto através do Instituto do Emprego e Formação Profissional com dois projetos liderados pelo Ministero del Lavoro Itália e pelo Arbetsformedlingen Suécia. O programa pode também apoiar empregadores que estejam legalmente estabelecidos no país da UE e que procurem trabalhadores com um perfil específico que não consigam encontrar no seu país.
Outros países e oportunidades
Novartis recruta a nível global
A farmacêutica Novartis, com sede em Basileia, na Suíça, está a contratar profissionais de várias áreas e especialidades para as suas operações em 140 localizações geográficas distintas. Profissionais de Finanças, Marketing, Tecnologias de Informação, Vendas, Investigação, Produção ou Desenvolvimento Científico de Medicina podem contratar uma oportunidade na multinacional. Entre as geografias que estão a congregar maior número de vagas estão os Estados Unidos, Índia, China, França, Alemanha, Inglaterra e Irlanda. A empresa, criada há 17 anos como resultado da fusão da Ciga-Geigy e da Sandoz, está também a recrutar perfis para o Brasil.
500 profissionais para o Reino Unido
A empresa de construção Carillion plc, tem 500 oportunidades de emprego para preencher no Reino Unido e está a recrutar em vários pontos da Europa. A multinacional procura sobretudo engenheiros, perfis especializados nas várias áreas inerentes ao mercado da construção, especialistas em gestão de infraestruturas e manutenção, para trabalho a tempo inteiro em várias cidades do Reino Unido. Aos candidatos selecionados, a empresa assegurará formação em várias especialidades. A empresa assegura atualmente emprego a 40 mil profissionais e está listada na Bolsa de Valores londrina, operando também em mercados como as Caraíbas, Canadá ou Médio Oriente.
Investigadores para a Europa
Estão a decorrer até 31 de março as candidaturas para agentes contratuais administradores-investigadores (grupo IV) na área de investigação parlamentar. Ao todo, serão selecionados 50 candidatos que deverão exercer funções durante 12 meses, com contrato renovável até seis anos. A prioridade é dada a candidatos com licenciatura em Ciência Política, Ciências Económicas, Estudos Europeus, Direito, Relações Internacionais, e outras, e experiência profissional de pelo menos três anos.