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Engenharia do vestuário sem vagas

16.07.2004


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Diário do Minho - Rede EXPRESSO

A ENGENHARIA de Vestuário da Universidade do Minho não vai abrir vagas este ano lectivo, depois de em 2003/2004 os lugares terem ficado por preencher devido à falta de alunos. A licenciatura vai ser modificada, num processo que inclui mesmo a mudança de nome.

Em compensação pela ausência deste curso, o número de entradas em Engenharia Têxtil foi reforçado (30 vagas) e acompanhado por campanhas de divulgação junto dos estudantes do ensino secundário.

A directora do curso de Engenharia de Vestuário, Rosa Vasconcelos, explica que a academia minhota preferiu não abrir vagas este ano, enquanto não está concluído o criterioso trabalho de "profunda reestruturação" que está a ser desenvolvido.

Paralelamente, está a ser feito um trabalho de sensibilização dos jovens para as questões da cultura científica. A mesma responsável salienta que até agora têm sido levadas a cabo acções junto dos jovens do secundário, mas terá de ser equacionada a possibilidade de começar mais cedo, junto dos estudantes do básico, a fim de que se apercebam das possibilidades que esta área lhes abre.

A directora considera que a falta de procura para Engenharia do Vestuário, à semelhança do que acontece com outras licenciaturas na área das tecnologias, reside num "problema a montante".

Em seu entender, é necessário incutir nos jovens a "cultura da tecnologia", para que eles possam escolher cursos com bons níveis de empregabilidade e decisivos para o desenvolvimento do país.

Rosa Vasconcelos sublinha que os finalistas das licenciaturas em Têxtil e Vestuário são muito requisitados pelo mercado de trabalho, ocupando lugares de destaque em empresas internacionais e nacionais, quer operem no nosso território ou se tenham deslocalizado para países como a Bulgária ou o México.

Por outro lado, a académica destaca a necessidade de mostrar aos jovens "a outra faceta" deste sector de actividade, que já não se prende única e exclusivamente com a imagem das costureiras ou das confecções tradicionais.

A pensar nas diferentes realidades do vestuário, a licenciatura prepara os jovens para serem "capazes de apoiar as empresas nos respectivos processos de desenvolvimento tecnológico e na gestão da produção".





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