Empresas querem recrutar
Estudos da MRI revela optimismo entre as empresas portuguesas no que toca ao recrutamento, deixando longe o cenário de crise americana.
10.10.2008

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Cátia Mateus
Apesar das notícias menos optimistas sobre as dificuldades económicas e os maus momentos dos mercados mundiais (agora agravados pela crise americana), por cá as empresas ainda não se deixaram intimidar. De acordo com os dados do 61º Hiring Survey para o segundo semestre de 2008 - um estudo sobre as intenções de contratação da empresas, realizado semestralmente pela empresa de "head hunting" MRI Network -, 78% das empresas nacionais perspectivam manter ou aumentar o seu quadro de pessoal até Dezembro deste ano.
Um optimismo que parece contrastar com alguns sinais de prudência vindos de fora. Ainda assim, "comparativamente com o segundo semestre de 2007, há uma maior percentagem de empresas com intenção de reduzir o número de efectivos humanos, tendo aqui grande peso os sectores da Construção e da Logística". Por sua vez, nenhuma das empresas abordadas com actividade no sector das TI, Saúde e Grande Consumo tem intenção de reduzir o número dos seus colaboradores. Mas o estudo fornece ainda outras conclusões.
Ao analisarmos sectorialmente os dados fornecidos pela MRI constatamos que o Grande Consumo lidera nas intenções de contratação e que nas Tecnologias de Informação e Comunicação a tendência para aumentar o número de postos de trabalho é também superior (56%). Uma tendência que se verifica também na Logística e Distribuição, onde 46% das empresas referem querer manter o seu número de colaboradores e 36% apontam para novos recrutamentos.
Na Construção a tendência é para a manutenção dos actuais trabalhadores (51%), mas 25% é menos optimista e aponta para redução de quadros. Já no sector Farmacêutico, Biotecnologia e Cuidados de Saúde, 67% das empresas não têm outra intenção senão a de manter os seus quadros.
Quando a questão é se as empresas prevêem ter dificuldade em encontrar os candidatos certos nos próximos seis meses, a generalidade dos sectores aponta para este entrave. As funções de componente técnica são mesmo as que suscitam maior preocupação quanto às dificuldades de contratação. Há mesmo quem pondere (14%) procurar funcionários no estrangeiro, ainda que a esmagadora maioria (86%) não pondere recrutar fora de Portugal.
Para Ana Luísa Teixeira, "country manager" da MRI Network, "é exactamente num cenário em que a oferta da competência certa é inferior à procura (cenário típico de escassez de competências) que um "head hunter" é uma ajuda essencial para que as empresas consigam atingir os seus objectivos". Especialistas alertam ainda para o facto de ser também nestes cenários que as estratégias de retenção de talentos são essenciais para que as empresas potenciem os seus talentos e não os percam para a concorrência.
Para alcançar estes dados, a MRI Network entrevistou em Portugal 206 administradores, directores-gerais ou directores de Recursos Humanos de empresas de todas as dimensões, a operar nos sectores de tecnologias de informação e comunicação (TI), Cuidados de Saúde, Biotecnologia e Farmacêutico, Grande Consumo, Construção civil e Obras Públicas, Distribuição e Logística.
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