Cátia Mateus
O SEGUNDO semestre de 2005 poderá trazer oportunidades a quem procura emprego. De acordo com o último «Hiring Survey» — um inquérito semestral às intenções de contratação das empresas portuguesas — realizado pela empresa de «executive search» MRI World Wide, 85% das empresas abordadas no estudo perspectivam manter ou aumentar o seu quadro de pessoal até ao final do ano.
À semelhança daquilo que já tinha revelado o último «Hiring Survey» (para o primeiro semestre de 2005), o número de empresas com intenção de reduzir o seu volume de colaboradores é em muito inferior à percentagem das que mostram intenção de manter os seus quadros ou apostar em novas contratações.
Ana Teixeira, directora da MRI em Portugal, esclarece que «neste inquérito 52% das empresas perspectivam manter os seus colaboradores actuais e 33% prevêem aumentar os seus quadros». Segundo a responsável, nota-se um «crescimento da intenção de aumentar o número de colaboradores face ao semestre anterior».
Perante estes resultados, Ana Teixeira aponta para um clima empresarial favorável para a contratação. «Ainda que o maior número de empresas refira pretender manter o número de colaboradores, se comprarmos os resultados deste inquérito com os resultados alcançados no anterior (primeira metade de 2005) podemos concluir que a intenção de aumentar o número de colaboradores se acentuou», refere a directora da MRI Portugal.
Ana Teixeira reforça a ideia de que «apesar dos últimos tempos terem sido de instabilidade económica e financeira, não só para Portugal mas a nível mundial, as empresas parecem ter aprendido a viver com esta realidade e estão mais consistentes e determinadas no caminho a seguir: a sobrevivência e aumento de competitividade traduzida na dinâmica de recrutamento e incorporação de Capital Humano».
Com base neste inquérito, a hotelaria e as tecnologias de informação e comunicação serão responsáveis pela maioria dos novos empregos apontados para o segundo semestre. Logo a seguir nas intenções de contratação vêm as empresas de construção e distribuição.
Segundo Ana Teixeira, Portugal é o segundo país, logo a seguir à Suíça, onde as intenções de manter o número de colaboradores são mais elevadas. No estudo foram inquiridas 495 empresas de todas as dimensões e vários sectores de actividade.