Cátia Mateus
A GENERAL Electric é a empresa mais admirada a nível mundial,
de acordo com um estudo realizado em parceria pela consultora de Estratégia
Organizacional e Gestão de Recursos Humanos, Hay Group, e pela
revista «Fortune». O «ranking» anual das empresas
mais admiráveis analisa as organizações com base
em nove critérios, entre os quais o talento dos recursos humanos,
a inovação, a responsabilidade social e a adequada aplicação
dos activos da empresa. O objectivo do estudo é descobrir quais
são as empresas mais admiradas no mundo e os factores que lhes
conferem esse estatuto.
A edição deste ano do «ranking» distingue
em segundo lugar a Wal-Mart Stores, uma empresa com actividade no sector
do grande consumo, e em terceiro lugar a DELL, especialista em equipamentos
informáticos. As empresas norte-americanas continuam a dominar
os resultados do estudo.
Das 52 organizações identificadas pelo Hay Group, 35 têm
sede nos Estados Unidos. E dos 30 sectores de actividade considerados
nesta análise, 24 são liderados por empresas norte-americanas.
De acordo com a revista «Fortune», parceira neste projecto,
«os lucros gerados não bastam para que uma organização
seja admirada no mercado global».
É que, embora entre os critérios de avaliação
figurem também a qualidade da gestão, a qualidade dos
produtos e serviços, a solidez financeira e o posicionamento
global da empresa, a metodologia utilizada valoriza equitativamente
todos os factores e não apenas os financeiros. Em 2004, por exemplo,
a Exxon Mobil foi considerada a empresa mais lucrativa da América
e obteve apenas o 41º lugar no «ranking».
Além de identificar hierarquicamente as empresas mais admiradas,
o Hay Group conduz também uma pesquisa para descobrir as práticas
de negócio que fazem com que estas empresas sejam bem sucedidas
e admiradas pelo mercado global. Nos últimos anos estiveram em
análise factores como a atracção e retenção
de talentos, o desenvolvimento da liderança, a gestão
da «performance», a cultura organizacional e a implementação
e execução de estratégias.
Este ano, a pesquisa recaiu sobre a «Capacidade de Inovar»
e o Hay Group aponta a Federal Express e a Procter & Gamble como
as empresas mais inovadoras. Com este estudo, a consultora chegou à
conclusão que estas empresas apresentam um leque de características
comuns que potenciam a sua inovação.
O estudo permite concluir que, regra geral, «estas organizações
distinguem-se dos seus concorrentes por terem as melhores pessoas, no
ambiente adequado, com a liderança certa». Os inquiridos
no estudo da Hays afirmam que «os gestores das empresas mais
inovadoras possuem o espaço que precisam para tomar decisões».
Estas empresas são também «pacientes face às
ideias que não geram resultados imediatos» e investem
continuamente em I&D.
Neste estudo, as empresas são avaliadas pelos seus concorrentes.
«O Hay Group inquiriu mais de 10 mil executivos, directores
e gestores, em 357 empresas de todo o mundo. A cada um foi solicitado
que classificasse outras empresas do seu sector com base num conjunto
de nove critérios», explica a organização.
Factores de inovação
Há factores que podem ajudar uma empresa a entrar na "rota" da inovação.
Tome nota:
. Ter visão de futuro
. Carácter empresarial
. Capacidade de recrutar e manter trabalhadores talentosos
. Apostar em gestores disciplinados
. Fomentar um ambiente de aprendizagem contínua
. Ter paciência face às ideias que não geram logo resultados
. Dar aos colaboradores espaço para errar
. Investir continuamente em I&D
. Ter estruturas, processos e sistemas adequados ao desenvolvimento
da inovação.