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Empresários de fibra

Cerca de 17% das empresas criadas em 2003 fracassaram no primeiro ano de actividade. A falta de formação pode ser uma das causas
27.01.2006


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Fernanda Pedro
A sobrevivência das empresas que são criadas sem qualquer tipo de apoio formativo é muito inferior à das que as que nascem de uma incubação empresarial.

De acordo com dados da Direcção-geral de Estudos, Estatísticas e Planeamento, do Ministério do Trabalho, em 2003, cerca de 17% das empresas criadas «morreram» no primeiro ano de actividade. Contudo, de acordo com o «Estudo sobre a criação de empresas a nível local e a sua correlação com a oferta formativa existente», realizado pelo Instituto Politécnico de Setúbal - Escola Superior de Ciências Empresariais para o Observatório do Emprego e da Formação Profissional, a percentagem de empresas que nasceram apoiadas por centros de incubação e que não sobreviveram no primeiro ano de actividade é inferior a 1%.

Segundo o mesmo estudo, dos programas de formação onde foi possível obter dados, resultaram 108 novas empresas, o que equivale a uma média de 7,2 empresas por programa. Através deste inquérito foi possível identificar instituições e entidades que promovem tal tipo de acções formativas, que foram objecto de análise, designadamente os Centros de Apoio à Criação de Empresas, Parques de ciência e Tecnologia, Business Innovation Centres, Programa de Iniciativa Local de Emprego, associações empresariais, sectoriais ou regionais e estabelecimentos de ensino superior, em todo o país.

Este «upgrading» qualitativo das iniciativas empresariais apenas é possível porque cerca de 70% dos promotores analisados possuem, pelo menos, o grau de licenciado, em áreas como a gestão, a engenharia ou ciências sociais e humanas. O estudo mostra ainda que a base de recrutamento de novos empresários se alargou para os campos do saber tecnológico.





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