O setor do turismo afirmou-se nos últimos anos como uma das principais atividades exportadoras nacionais e um dos motores da economia nacional. Esta evolução foi sustentada por um investimento continuo na qualificação dos profissionais do turismo que agora começa a dar os seus frutos. Muito se tem falado do impacto da crise neste setor de atividade, mas a verdade é que são cada vez mais os jovens a sentir atração por uma carreira ligada ao turismo. E em matéria de empregabilidade, dependendo da área escolhida, a aposta pode não ser má. O último relatório da Inserção Profissional, realizado pelo Turismo de Portugal, a que o Expresso Emprego teve acesso em exclusivo revela que entre os alunos das 16 escolas que o Turismo de Portugal tem espalhadas pelo país, a taxa de empregabilidade é de 80%, sendo que 64% dos estudantes demorou menos de um mês a encontrar a ambicionada colocação no mercado.
O curso de Técnicas Avançadas de Cozinha é o que regista maiores oportunidades de carreira e também maior investimento na continuidade de estudos. A administradora do Turismo de Portugal, responsável pelo pelouro da formação, Sónia Abreu Sebastian confirma que “a taxa de empregabilidade dos alunos das escolas de hotelaria e turismo tem vindo a apresentar uma tendência crescente”. A responsável explica que “a taxa de empregabilidade dos alunos, seis meses depois da conclusão do curso, é hoje de 80%, mais 7% do que os níveis registados em 2008, sendo que 64% dos alunos encontrou emprego em menos de um mês e 26% ficaram a trabalhar nas unidades onde estagiaram”.
Estatísticas que para Sónia Sebastian têm uma repercução direta no interesse dos jovens pela área do turismo e pelas suas escolas, que têm vindo a registar cada vez maior procura. Entre os cursos mais procurados estão as Técnicas Avançadas de Cozinha, Operações Turísticas e Hoteleiras, Técnicas de Cozinha/ Pastelaria e Técnicas de Restauração e Bebidas. Formações que são também as que garantem maior empregabilidade.
Cerca de 60% destes jovens possuem contratos de trabalho a termo e a78% aufere mensalmente entre 476 e 1000 euros. Uma situação que segundo Sónia Sebastian “é comum a todos os segmentos de atividade onde estão inseridos: hotelaria (83%), Restauração (82%), Turismo (72,5%) e outros setores (50%)”.
A administradora do Turismo de Portugal reforça a crescente importância que os empresários do setor têm vindo a dar à qualificação dos seus recursos humanos e refere que “apesar da atual conjuntura económica, os empresários deste que é um setor estratégico para Portugal, têm cada vez maior consciência de que a qualificação profissional especializada aumenta a produtividade e garante a diferença do serviço, com impacto positivo nos resultados do negócio”.
Facto curioso é que dos 39% dos estudantes de turismo optam por prosseguir os seus estudos indo além da formação base e procurando áreas complementares. E a oferta de cursos tem vindo a crescer a par com o interesse cada vez maior dos jovens. “Para melhor adaptar a formação de recursos qualificados às particularidades regionais da oferta turística, investimentos previstos e produtos estratégicos definidos, assim como a profissões emergentes, estamos a estudar o desenvolvimento de novas ofertas formativas para jovens ou profissionais em áreas como a Gestão e Empreendedorismo, Markting e e-commerce, Saúde e Bem Estar, urismo Cultural e de
Natureza, Equipamentos e Manutenção Hoteleira, entre outros”, anuncia a administradora.
Sónia Sebastian frisa que “o investimento que tem sido feito pelo setor do turismo e acompanhado pelas políticas das autoridades públicas na inovação, diferenciação e promoção do nosso produto turistico, consolidará a importante posição de Portugal e do turismo português”.
O Turismo de Portugal gere atualmente uma rede de 16 escolas de Hotelaria e Turismo espalhadas pelo país. A rede foi alvo de uma forte modernização e alargamento e esta é uma aposta que a administradora assume como continua. O Turismo de Portugal tem como prioridade em matéria de formação, continuar a adequara os seus cursos à realidade do setor, apoiando a transformação do tecido empresarial através da formação e atualização de conhecimentos, aquisição de novas competências e promoção do network empresarial e profissional.