Na Europa dos 28, a taxa de empregos disponíveis nos primeiros quatro meses de 2016 foi de 1,8%, segundo os dados esta semana divulgados pelo organismo de estatística europeu, Eurostat. O valor traçou uma evolução, ainda que tímida, face aos últimos quatro meses de 2015, altura em que a taxa rondava 1,7%, e também face à taxa registada nos primeiros quatro meses do último ano, onde somava a mesma percentagem. Os números deixam otimistas os profissionais europeus, sobretudo aqueles para quem as perspetivas de carreira passam por geografias como a Bélgica, a República Checa ou a Alemanha, países apresentados esta semana pelo Eurostat como os que mais vagas de emprego têm para preencher.
Seja a análise realizada na Europa a 19 ou na Europa a 28, o cenário mantém-se. A taxa de vagas de emprego disponíveis no velho continente está a aumentar. No primeiro caso, a taxa média de vagas disponíveis nos 19 Estados-membro foi de de 1,7% nos primeiros quatro meses do ano. No segundo, aos já referidos 1,8%. Em ambos os casos a taxa regista uma curva de evolução positiva, quer a comparemos com os quatro meses anteriores (os últimos de 2015), ou o início do ano passado.
Com este indicador - a Taxa de Empregos Disponíveis - o Eurostat mede a proporção de vagas de trabalho disponíveis (sejam elas novas vagas criadas recentemente, funções desocupadas, ou vagas prestes a serem criadas), para os quais o empregador procura ativamente um candidato disponível fora da empresa para preencher a posição em aberto. Fora desta contabilização ficam as vagas disponibilizadas apenas internamente. Ou seja, todas aquelas para as quais o empregador opta por uma solução de recrutamento interno para o seu preenchimento.
A análise esta semana divulgada pelo Eurostat permite não só listar os Estados-membro com mais vagas de emprego disponíveis, mas também os sectores de atividade com mais oportunidades de emprego em aberto na zona Euro. A liderança nesta matéria recai sobre o sector dos Serviços, com uma taxa média de empregos disponíveis de 2,1% nos primeiros quatro meses de 2016, logo seguida pela Indústria, com 1,4%. ?Entre os vários Estados-membro analisados, a maior taxa de empregos disponíveis foi identificada na Bélgica (2,6%), República Checa, Alemanha e Suécia (todos com uma taxa de 2,5%).
No outro prato da balança, entre os países com menor taxa de empregos disponíveis, estão Espanha e Portugal (ambos com 0,7%) e a Polónia (com 0,8%). Quando comparada com o período homólogo de 2015, a taxa de empregos disponíveis aumentou em 22 Estados-membros, permaneceu estável em três e caiu noutros três (Grécia, Irlanda e Chipre). As maiores subidas foram registadas em Malta (+ 1,2%), Letónia (+1,0%) e República Checa (+0,8%).
Taxa média de empregos disponíveis*
Bélgica - 2,6%
República Checa - 2,5%
Alemanha - 2,5%
Suécia - 2,5%
Reino Unido - 2,4%
Finlândia - 2,3%
Holanda - 2,0%
Croácia - 1,9%
Áustria - 1,9%
Média Europa 28 - 1,8%
Hungria - 1,8%
Eslovénia - 1,8%
Estónia - 1,5%
Letónia - 1,5%
Luxemburgo - 1,5%
Lituânia - 1,3%
Roménia - 1,3%
Bulgária - 1,0%
Chipre - 1,0%
Eslováquia - 1,0%
Irlanda - 0,9%
Polónia - 0,8%
Espanha - 0,7%
Portugal - 0,7%
Grécia - 0,2%
* Primeiros quatro meses de 2016
Fonte: Eurostat