Maribela Freitas
NUMA altura de crise em que o desemprego grassa, procuram-se
alternativas para combater o flagelo da falta de trabalho.
A Associação de Desempregados de Setúbal (ADS) foi
criada em Julho deste ano e tem como objectivo prestar aos seus associados
diversos serviços que promovam uma integração no
mercado de trabalho.
Até 2006 a associação quer propiciar quatro mil novos
empregos aos seus associados e formar cerca de oito mil pessoas.
Para fazer parte desta associação é preciso estar
desempregado ou ser um jovem à procura do primeiro emprego, maior
de idade e residir no distrito de Setúbal.
Entre outras vantagens, os associados terão direito no espaço
de um ano a três ofertas de emprego, bem como acesso gratuito a
um programa de formação desta associação.
Além disso, terão ainda direito a apoio jurídico,
a receber a revista da associação e a integrar a bolsa de
emprego a publicar nesta.
A ideia de criar esta associação partiu de Carlos Nunes,
desempregado desde Julho de 2002. "Resolvi avançar com
esta ideia e procurei então quem me quisesse apoiar neste projecto",
explica Carlos Nunes, presidente da ADS.
Ao todo são nove os sócios fundadores. A funcionar desde
Julho, com sede no Barreiro, esta associação sem fins lucrativos
está já a trabalhar para concretizar os seus objectivos
e uma das suas primeiras acções passa por admitir novos
sócios para esta associação.
"Este projecto é para os treze concelhos que fazem parte
do distrito de Setúbal. Para isso pretendemos desempregados ou
jovens à procura do primeiro emprego que sejam delegados concelhios
da nossa associação", refere Carlos Nunes.
A ideia é admitir sócios que sejam delegados nos concelhos,
que se dirijam às empresas para divulgar a actividade da ADS e
procurar oportunidades de trabalho para os sócios.
Serão também admitidos assistentes concelhios que no distrito
irão verificar a existência de situações de
desemprego ou busca da primeira oportunidade de trabalho e vendedores
que tentarão obter publicidade para a revista da ADS.
Vão ainda ser admitidos professores e advogados para prover às
necessidades da associação.
Durante este ano Carlos Nunes quer proporcionar 100 novos postos de trabalho
aos sócios, em 2004 cerca de 1300 e em 2005 mais 2600, o que perfaz
4000.