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Da orquestra para a empresa

A Academia das Emoções vai treinar líderes numa orquestra. Porque afinal, entre a música e as empresas há inúmeras semelhanças
12.12.2008


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Cátia Mateus
Gerir uma orquestra e uma empresa tem afinal muito mais semelhanças do que diferenças, ou não fossem os objectivos afinal quase em tudo parecidos. A meta de ambos é liderar os vários elementos (instrumentos, na orquestra e os recursos humanos, na empresa) rumo ao sucesso. Um objectivo que carece de arte e engenho ao nível da liderança e que na orquestra se traduz em som, quanto na empresa se contabiliza em lucros.

Consciente desta realidade, a Academia das Emoções, liderada por João Abreu, organizou um inovador e arrojado «workshop» sobre liderança e comunicação de coesão. “O curso tem o seu enfoque na similaridade entre o quotidiano e o desempenho de um grupo musical e a mecânica vital das estruturas organizacionais”, explica João Abreu acrescentando que a grande inovação reside no facto do workshop ter como formador Rafael Montes, maestro e director de uma orquestra, e ser todo ele passado em ambiente musical.

O curso arranca em Janeiro e contará com um limite máximo de vinte formandos para possibilitar a interacção com os instrumentos. É que o objectivo desta formação é exactamente aplicar o modelo dos 3 S — Sintonia, Sincronia e Sinergia — à gestão empresarial. E para tal é necessário que os lideres sejam parte activa na orquestra.

Segundo João Abreu, “esta formação assenta no princípio de que todo o trabalho aqui desenvolvido terá de ser de natureza artística, criado por não artistas, cem por cento original e com a consciência de que existe um público e a única forma de comunicação se faz pela via da música”. O formador e especialista em liderança explica ainda que este método compreende três etapas fundamentais: criar, executar e apreciar ou avaliar o impacto final.

Ao longo deste processo — que se desenvolverá numa primeira fase em sala (para a componente teórica) e numa segunda fase através do contacto com instrumentos) — “os formandos vão produzindo individualmente os sons, depois dois a dois, até alcançarem a dimensão de orquestra. O objectivo é ultrapassar a dimensão individual e alcançara colectiva”.

João Abreu argumenta que este percurso leva os formandos a perceberem a importância da «performance» do maestro enquanto orientador com forte enfoque na análise de detalhes e capacidade de motiva, incentivar e orientar pedagogicamente. O curso decorre nas instalações da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) que é também parceira neste projecto inovador.





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