Ruben Eiras
reiras@mail.expresso.pt
UM DOS motores de desenvolvimento mais importantes das
nações são as elites.
A própria história prova-o: os países europeus que
conseguiram reter e criar "cérebros" empresariais, administrativos
e científicos de qualidade, mesmo depois da queda dos seus impérios,
goraram a subsistência da sua competitividade no sistema económico
mundial.
Um dos factores críticos de sucesso desta constante regeneração
de elites bem qualificadas foi a existência de um sistema de formação
e educativo exigente, que premeia o mérito.
Basta pensar na École Nationale d'Administration francesa ou no
Eton College e a Universidade de Oxford no Reino Unido.
Infelizmente, Portugal não acompanhou esta tendência e deixou
instalar no seu corpo de elites um estado latente de inércia e
até de baixa qualificação.
Um facto com especial relevância no tecido empresarial, onde o nível
de habilitações dominante é o 3º ciclo.
É urgente inverter este ciclo histórico, sob pena de o país
perder mais um século de modernidade.
De uma vez por todas, Governo e sociedade civil têm que criar condições
para a formação de uma elite competitiva e sem medo de inovar.