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CEO suíços são os mais bem pagos da Europa

28.07.2004


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CEO suíços são os mais bem pagos da Europa

De acordo com o Wall Street Journal, os CEO ("Chief Executive Officers") alpinos são os mais bem pagos da Europa, com um salário que ronda os 5 milhões de euros (6,1 milhões de dólares). Ao seu lado encontram-se ainda países como o Reino Unido, a Alemanha, a Bélgica e a Áustria.


A sua tendência de crescimento, tal como relatada pela BoardEx, uma empresa de pesquisa sediada em Londres especializada em conselhos administrativos, pode provocar a implementação de regras mais restritas na Suíça e na Alemanha. No primeiro, os dirigentes suíços viram o seu salário subir em média 50% durante o ano de 2003, em comparação com 2002, aumento esse que não inclui incentivos a longo prazo, como a análise à performance individual. Quanto aos CEO alemães, e apesar de estes terem visto o seu vencimento aumentar quase 31%, para um total de 3,3 milhões de euros no ano passado, continuam a situar-se abaixo dos cerca de 8,6 milhões de dólares auferidos pelos executivos americanos.

Na Alemanha, espera-se que o assunto continue a ser alvo de controvérsia, nomeadamente com a inocência dada a seis arguidos, incluindo Josef Ackermann, Chefe Executivo do Deutsche Bank AG, acusados criminalmente pelo pagamento de quantias elevadas a dois antigos executivos da Mannesmann AG quando esta foi comprada pela Vodafone Group PLC no Reino Unido em 2000.

Mas não é só o nível de compensação financeira que desperta atenções. As leis que permitem tornar públicas as compensações financeiras podem ser revistas já que, ao contrário do que ocorre nos EUA, as grandes companhias europeias não são obrigadas a fazê-lo. Segundo a pesquisa da BoardEx, 65 das 300 companhias de topo europeias não publicam qualquer contrato salarial.
"Esperamos que a publicidade deste julgamento (Mannesmann) estimule o debate e encoraje mais companhias a publicar as compensações individuais dos executivos, e também o como e o porquê do ofertamento desses salários", afirmou Eva Schmierer, porta-voz do Ministério da Justiça Alemão.

Na Suiça, o governo pretende solicitar às empresas que revelem qual é a remuneração, em detalhe, de cada membro do quadro executivo, e não apenas o salário do membro do conselho de administração melhor remunerado, que nem sempre inclui o CEO. O governo afirma que as leis actuais não vão suficientemente longe e que a sua proposta, a qual pode demorar um ano ou mais a passar no Parlamento, protegeria melhor os interesses dos investidores. Apesar de, hoje em dia, as companhias suíças terem de revelar o salário conjunto dos membros do conselho de administração e o montante ganho pela pessoa melhor remunerada o mesmo, não são obrigados a divulgar o seu nome.

No geral, os CEO ganham menos na Suécia - cerca de 937 mil Euros anuais. No entanto, muitas companhias oferecem opções remuneratórias aos seus executivos mas não publicam informação suficiente para a BoardEx calcular o seu valor. No grupo dos mais "mal" pagos incluem-se ainda países como Finlândia, Grécia, Portugal e Luxemburgo.

O maior aumento anual foi o de Patrick Le Lay, presidente e CEO da Television Française 1 SA, o maior grupo privado de televisão francês. O seu montante, excluindo os incentivos de longo prazo, mais do que triplicou para 5.2 milhões de Euros, principalmente porque lhe foram dadas opções num valor de 2.7milhões de Euros em 2003; em 2002 ele não tinha nenhuma. O porta-voz da empresa declinou comentar estas compensações.


Vera Sousa





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