Capgemini absorve 50 colaboradores das TI
Em tempos de adversidade, as organizações centram os seus esforços no aumentar a sua eficácia e produtividade, redução de custos, eliminação de desperdícios e otimização da gestão dos recursos, incluindo os humanos. Para minimizar o impacto que a estratégia de externalização de alguns serviços, comum nestas alturas, possa ter entre os profissionais a Capgemini implantou no terreno o “Serviço de Transferência de Pessoas”, através do qual absorve para as suas estruturas os colaboradores das empresas que contratam os serviços da consultora em outsourcing. A medida salva do desemprego os trabalhadores, dando-lhes possibilidades de carreira.
04.01.2013 | Por Cátia Mateus

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O projeto está em marcha desde 2009, inspirado nas práticas do Grupo Capgemini noutras geografias onde as práticas do mercado de externalização de serviços (outsourcing) são mais maduras, mas só em 2011, a consultora tecnológica absorveu na sua delegação nacional os primeiros colaboradores oriundos de empresas clientes. O conceito é simples e para Carlos Vidinha, principal para a área de Serviços da Capgemini, “é uma relação de ganhos para todas as partes”. As empresas transferem para a consultora os custos com o pessoal, os trabalhadores escapam ao desemprego e são integrados com as mesmas regalias e direitos numa organização que lhes dá perspetivas de carreira e a consultora alarga o seu leque de talentos qualificados.
Desde a implementação em Portugal deste serviço, a Capgemini já absorveu mais de 50 colaboradores de empresas clientes. O número deverá duplicar este ano. O ponto de partida do “Serviço de Transferência de Pessoas” é a realização do diagnóstico à função de tecnologias de informação (TI) do potencial cliente da consultora. “Numa primeira fase é recolhido um conjunto de informação sobre indicadores chave, onde uma das dimensões analisadas é a do capital humano da organização”, explica o principal da empresa. Tipicamente, explica Carlos Vidinha, “são identificadas situações de incapacidade do cliente levar a cado a renovação da pirâmide de recursos, de capacidade limitada de geração de inovação e outras, típicas desta não ser uma atividade nuclear da função de TI”.
A recolha de informação serve de base à construção de hipóteses de otimização da função de TI das empresas, por parte da Capgemini. Otimização que pode implicar a transferência de pessoas da empresa cliente para as estruturas da consultora. “Sempre que esta transferência é concretizada a Capgemini tem em atenção as valências do colaborador, a sua formação, experiência, antiguidade, ambições de desenvolvimento pessoal e profissional, situação contratual, regime de segurança social, entre outras. A integração é sempre feita salvaguardando o essencial das regalias e direitos existentes, nomeadamente ao nível de remuneração e antiguidade”, explica o responsável.
A consultora conta neste momento com mais de 50 colaboradores importados de empresas clientes na sua estrutura e Carlos Vidinha enfatiza os benefícios que o processo tem também para os profissionais ao nível da realização profissional e pessoal. “Os colaboradores envolvidos neste processo são, maioritariamente, pessoas que têm a sua carreira profissional desenvolvida na área das TI, pelo que a transferência de uma atividade de suporte a uma qualquer atividade económica, para o negócio nuclear de uma consultora multinacional, significa um alargamento significativo de horizontes e oportunidades”, esclarece. Também ao nível do acesso à formação e na obtenção de certificações, vitais nesta área de atividade, há vantagens na mudança. É que em muitos casos, nas empresas anteriores, os profissionais tinham deixado de ter formação regular e a preocupação com a sua certificação era quase inexistente. Também para empresas, o especialista garante que o impacto é também positivo já que o custo com os salários é eliminado.
É junto das organizações do sector secundário que este programa tem maior adesão. Mas a consultora confirma a implementação do programa de transferência noutros sectores, “em particular junto de instituições financeiras que, por força de ajustamentos ao nível operacional que obrigatoriamente têm de realizar, deverão vir a ser concretizados a curto prazo”, enfatiza Carlos Vidinha adiantando que o sector público poderia também tirar partido deste modelo.
Os colaboradores transferidos para a Capgemini, numa primeira fase, continuam a desempenhar funções pelas quais foram anteriormente responsáveis, “mas são desde logo integradas numa dinâmica de otimização do modelo de serviço à organização, em paralelo com ações de valorização da sua capacidade profissional”, esclarece o principal. Numa segunda fase, os colaboradores vão sendo progressivamente desvinculados daquele serviço e integrados noutros projetos e serviços, muitos deles com dimensão internacional, mas sempre realizados a partir da sede da empresa, em Lisboa. “O saldo final desta abordagem de transferência de pessoas, numa perspetiva de criação de emprego, é de que em vez destas pessoas engrossarem as fileiras do desemprego, vão continuar a desempenhar a sua atividade profissional, integrados na Capgemini, inseridos em processos de valorização profissional e pessoal e mobilizados para projetos em outros países, contribuindo assim para a exportação de serviços do país”, conclui o responsável.
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