Vítor Andrade
ÀS VEZES dou comigo a pensar na indiferença com que muitos jovens (nomeadamente entre os 18 e os 25 anos) encaram a realidade económica e social do país. Pode sempre dizer-se que há um tempo para tudo e que agora é a vez de eles se divertirem, livres de preocupações.
Pois é, mas não lhes ficaria mal um pouco mais de consciência social não apenas sobre o que as elites agora lhes proporcionam mas, acima de tudo, sobre o que lhes está reservado para o futuro — e que é, no mínimo, preocupante.
Era bom que os jovens tivessem uma palavra a dizer sobre a forma como o seu país está a ser conduzido. Era bom vê-los envolvidos em causas e ideais. Seria animador se neles se notasse uma consciência crítica, informada e inconformada.
É caso para pensar se estaremos a conseguir formar com sucesso as elites do futuro.