Angola quer atrair de volta ao país os seus jovens quadros
Já soma três edições e este ano ganha particular importância, numa altura em que são cada vez mais as empresas a investir no mercado angolano. A 3ª Feira de Emprego de Angola decorre até hoje em Lisboa, com a missão de mostrar que há oportunidades para profissionais qualificados no mercado de trabalho angolano.
01.12.2011 | Por Cátia Mateus

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Entre os que frequentam o ensino secundário e os do ensino superior, estima-se que em Portugal estudem neste momento cerca de 15 mil jovens angolanos. Um número que não tem confirmação oficial, mas que para Edvaldo Fonseca, presidente da Associação de Estudantes Angolanos em Portugal (AEA), está muito próximo da realidade. E foi em nome destes jovens e de outros que possam estar interessados em consolidar uma carreira em Angola, que a associação (em cooperação com o Consulado Geral da República de Angola) estruturou a sua Feira de Emprego de Angola. A iniciativa já soma três edições e está a decorrer até hoje no Hotel Villa Rica em Lisboa.
Cerca de vinte das principais empresas privadas a operar no mercado angolano estão presentes no evento, cuja missão é facilitar o contacto da diáspora com os principais empregadores, mas também aliciar a comunidade angolana presente em Portugal, a regressar ao seu país. Engenheiros (sobretudo civis e informáticos), economistas, gestores, juristas, profissionais do marketing e de tantas outras áreas de atividade estão na mira de empresas como o Banco Caixa Geral de Depósitos “Totta Angola”, a Ernest e Young, a Taag - Linhas Aéreas de Angola, a Teixeira Duarte, entre outras que estão presentes no evento.
Para Edvaldo Fonseca, “esta feira de emprego espelha a preocupação das entidades angolanas em atrair a sua comunidade no estrangeiro de volta ao país”. Uma comunidade que, assegura, “trará consigo todo o know-how profissional e académico que adquiriu, em muitos casos ao longo da última década, e que permitirá potenciar ainda mais a capacidade de crescimento da nação angolana”.
Angola vive neste momento uma carência de profissionais em todas as áreas, inclusive naquelas que já se encontram muito saturadas em Portugal. E é aqui que o país se torna aliciante. “Para além do número de oportunidades profissionais ser francamente superior ao da maioria dos países europeus, as remunerações pode ser até 40% superiores em empresas angolanas”, explica o responsável da AEA.
Apesar de estar muito vocacionada para o recrutamento de licenciados, a Feira de Emprego de Angola procura também profissionais intermédios qualificados na área da construção, serviços gerais, saúde e educação. “Este ano, além da oferta profissional, quisemos inovar e complementar o programa com mais oferta cultural e com uma conferência onde participarão alguns dos principais decisores económicos do país”, revela Edvaldo Fonseca que diz esperar conseguir atrair cerca de três mil estudantes a este evento.
O presidente da AEA enfatiza que Angola tem ainda um longo caminho a percorrer para colmatar as lacunas de qualificação dos seus profissionais, mas adianta que “o caminho que tem sido feito é motivo de orgulho para todos os angolanos”. O país tem vindo a estruturar o seu desenvolvimento nesta matéria em três eixos: investindo na formação superior pública, criando sinergias com o ensino superior privado e auxiliando os estudantes com a sua formação no exterior, com a premissa de os atrair de novo para o país depois da sua formação.
A esse respeito, Edvaldo Fonseca revela que “o Governo angolano tem feito um esforço para conseguir apoiar os alunos com necessidades, mas contrariamente ao que tem sido política nos últimos anos, agora, com o crescimento da oferta de ensino em território angolano, as ajudas governamentais em termos de atribuição de bolsas, têm estado mais vocacionadas para o apoio ao crescimento do tecido académico dentro do país. Só quando a oferta não é suficiente em território angolano é que são atribuídas bolsas externas”.
Apesar de Portugal ser um parceiro de excelência na formação de jovens quadros angolanos, o presidente da AEA não têm dúvidas que “há um interesse muito grande destes jovens em regressarem a Angola”. Tanto mais que é uma economia emergente comprometida em qualificar cada vez mais os seus quadros, por dois motivos primordiais: “porque há a noção de que o crescimento só será sustentável se for acompanhado por uma formação geral da população e porque o acesso à qualificação diminui as disparidades socio-económicas e cria oportunidades de crescimento pessoal e social”, revela Edvaldo Fonseca que assegura que “Angola não cruzará os braços nesta batalha”.
Nesta feira as oportunidades são transversais a todos os setores de atividade. A procura de quadros é feita em todos os níveis de qualificação, deste operários fabris ou da construção, passando por licenciados e quadros intermédios. A única coisa que há em comum entre todos estes perfis é a garantia de que, seja qual for a empresa recrutadora, ela está em pleno crescimento no mercado angolano.
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