O fabricante de aviões Airbus vai lançar a 30 de junho, em Toulouse, França, o seu programa internacional de recrutamento. A meta do gigante da aeronáutica é recrutar os melhores entre os melhores, de várias áreas, independentemente da sua nacionalidade. Os engenheiros portugueses, já conhecidos internacionalmente pela solidez das suas qualificações, podem estar na mira da empresa que contratou em 2011 cerca de 4500 novos colaboradores e tem para este ano, fruto do aumento da sua carteira de encomendas, 4000 vagas em aberto.
Engenheiros, técnicos e gestores são o público-alvo desta ação de recrutamento global da Airbus que tem vagas disponíveis para França, Alemanha, Espanha e Reino Unido. Aos profissionais interessados - que deverão formalizar a sua candidatura até dia 28 de maio através do site www.airbus.com/work - a empresa exige que tenham, no mínimo, três a cinco anos de experiência profissional e um bom nível de inglês, sendo para algumas funções serão também valorizados conhecimentos de francês, alemão e espanhol.
A empresa que viveu no ano passado o seu melhor ano de sempre, com 1419 encomendas de aviões comerciais, é o exemplo do que Durão Barroso quer fomentar na Europa: empresas globais e sem fronteiras de recrutamento. na Airbus trabalham mais de 55 mil colaboradores de 100 nacionalidades distintas. Uma realidade que poderá ampliar-se a muitas outras organizações europeias com a nova medida lançada por Bruxelas esta semana, tendo em vista o incentivo à procura e criação de emprego dentro do espaço europeu.
Cinco mil mini-bolsas para atribuir
A Dinamarca tem entre sete a dez mil vagas de emprego para preencher nos próximos cinco anos e é um dos principais agentes na fase de arranque do novo programa de emprego e mobilidade da Comissão Europeia. O país que esteve recentemente a recrutar engenheiros em Portugal através da Work in Denmark, uma organização governamental que deu a conhecer o número de oportunidades existentes, foi selecionado pela equipa de Durão Barroso para ajudar os jovens de todo o espaço europeu a procurar emprego no estrangeiro. No leque de países cujos serviços de emprego foram selecionados para materializar a fase de arranque do novo programa estão também a Espanha, a Itália e a Alemanha.
A ideia é fazer com que a rede Eures deixe de ser apenas uma montra europeia de empregos e se transforme numa verdadeira plataforma pan-europeia de colocação e gestão de recursos humanos. Para viabilizar esta meta, a Comissão Europeia lançou esta semana um programa de incentivo à mobilidade e empregabilidade entre os mais novos - designado de “O teu programa Eures” - , que deverá nesta fase atingir cinco mil jovens com idades entre os 18 e os 30 anos. Uma pequena fatia dos vários milhões de jovens desempregados.
O programa prevê uma comparticipação entre 200 e 300 euros por cada deslocação que o candidato faça a outro país para testes de seleção ou entrevista, acrescidos de 900 euros para ajudar à instalação no novo país se for selecionado. Para as empresas que contratem, está prevista uma ajuda de custo entre 600 e 900 euros para cobrir os gastos com a formação do trabalhador contratado.