Fernanda Pedro
MAIS de 5% da população activa açoriana possuem
qualificações técnicas. Um aumento de cerca
de quase 4% em relação a 1997, ano a partir do qual
o Governo Regional decidiu apostar de forma decisiva no aumento
da formação de nível intermédio. A estratégia
foi concretizada através da criação de mais
11 escolas profissionais durante aquele período, perfazendo
no momento um total de 16.
Para
Rui Bettencourt, director-regional da Juventude, Emprego e Formação
Profissional, estes números revelam que o arquipélago caminha
para um emprego qualificado. "Se em 1997, dos 100 mil trabalhadores
apenas 1418 possuíam cursos técnicoprofissionais, em 2002
esse número aumentou para 5897".
Com esta medida, o responsável adianta ainda que o desemprego tem
vindo a diminuir anualmente nos Açores. "Através
de uma parceria estreita com o meio empresarial da região, damos
formação aos trabalhadores, orientando-os para os sectores
onde são necessários técnicos qualificados",
observa Rui Bettencourt.
De acordo com este responsável, em 2010, o Governo Regional prevê
que 25% dos seus activos possuam diplomas técnicoprofissionais.
Para identificar as necessidades específicas de qualificações
em cada sector da economia, o Observatório do Emprego dos Açores
realiza um estudo de três em três anos para analisar as tendências
futuras do mercado de trabalho. Assim, para o período de 2003 a
2005, o Observatório concluiu que o sector do turismo será
o mais forte em termos de empregabilidade.
A abertura ao exterior é outra das acções estratégicas
da Direcção-Regional da Juventude, Emprego e Formação
Profissional. "É importante para os nossos jovens saberem
como e o que se faz lá fora", sublinha Rui Bettencourt.
Foi com essa finalidade que surgiu a possibilidade dos jovens açorianos
participarem em estágios profissionais na Europa, através
do programa "Leonardo da Vinci" e do "Eurodisseia".
Este último leva cerca de 20 açorianos a trabalharem anualmente
em empresas europeias. Para o programa do presente ano, as candidaturas
encontram-se abertas até 30 de Março.
Quanto ao "Leonardo da Vinci", a estrutura é semelhante
à do "Eurodisseia", mas limitado apenas aos Estados-membros
da UE.Esta iniciativa também permite a 20 jovens adquirirem experiência
profissional no estrangeiro.