Ruben Eiras
O «E-LEARNING» é uma ferramenta essencial para acelerar o aumento da qualificação dos europeus e concretizar a Estratégia de Lisboa: transformar a Europa numa das economias do conhecimento mais competitivas do mundo em 2010. Esta é a posição defendida no último relatório do eLearning Industry Group (eLIG), um consórcio formado pelas maiores empresas de «e-learning» da UE, iniciativa patrocinada pela Comissão Europeia.
Para concretizar este objectivo, o eLIG aconselha a constituição de uma «task-force» que congregue representantes dos Estados-membros, e do próprio consórcio, instituições de educação e formação e as directorias da Comissão relacionadas com as áreas de educação, emprego, formação, ciência e tecnologia.
A meta deste órgão será conceber e coordenar uma estratégia integrada que acelere a massificação do acesso ao «e-learning» no espaço europeu. «Esta estratégia deverá estar ligada à das competências europeias e à do fomento das tecnologias de informação nos sistemas escolares em cada Estado-membro», salienta o relatório.
Uma das linhas de acção sugeridas é a intervenção do Estado no sentido de suprir as falhas de mercado no sector do «e-learning». O eLIG defende a criação de «laboratórios vivos» de formação a distância, isto é, projectos de larga escala de demonstração da aprendizagem via electrónica no domínio das ciências do ensino.
«Já existe toda a tecnologia necessária para fazer isto — só é preciso escolher as aplicações informáticas adequadas e colocá-las em acção, para que a imaginação dos actores do sistema educativo e formativo venha ao de cima», argumenta o eLIG.
Neste plano, o consórcio sublinha que não basta as políticas públicas apoiarem a aquisição de «hardware» e a disseminação de banda larga. É fundamental formar profissionais com competências de produção de material pedagógico de qualidade e um ambiente de tecnologias de informação que permita aos vários sistemas operarem entre si, particularmente os que funcionam numa arquitectura sem fios. Neste plano, o eLIG defende a adopção de normas abertas para os sistemas de «e-learning», de modo a facilitar a criação e a circulação dos conteúdos formativos.
No aspecto da formação dos professores e formadores, o relatório do eLIG refere que, além das novas metodologias pedagógicas, estes profissionais devem ser capacitados para a avaliação das potencialidades do «software» de «open-source», isto é, as aplicações e programas que estão disponíveis gratuitamente na Web e com código aberto.