Vítor Andrade
PORTUGAL não prima particularmente pela excelência
das suas elites empresariais, nomeadamente nas empresas públicas
e, em particular, nas empresas de transportes. Vejam-se os casos da Carris
e da CP, só para citar alguns.
A TAP integrava, até há pouco tempo, o grupo das transportadoras
mal geridas, com acumulação de prejuízos durante
anos sucessivos. No entanto, essa tendência foi invertida.
Os lucros apareceram; a paz social na empresa foi conseguida e a imagem
global da TAP, melhorou tendo sido reconhecida a nível mundial.
Porquê? Porque durante os últimos quatro anos Fernando Pinto,
o gestor brasileiro convidado pelo anterior Governo socialista conseguiu
fazer o que outros, durante anos a fio, não foram capazes.
Agora anuncia-se a sua saída da empresa. Ou seja, desperdiça-se
um dos seus principais activos.