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A cultura da ética

04.10.2007


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Cátia Mateus
Ética já não é um termo marginal às organizações. Fruto dos sucessivos escândalos empresariais que nos últimos anos colocaram nas páginas de muitos jornais várias organizações e gestores, um pouco por todo o mundo, as organizações estão a dar cada vez mais importância à formação dos seus colaboradores no domínio da ética empresarial. Uma nova aposta organizacional, vista com bons olhos pelos especialistas de recursos humanos.

Yves Turquin, director-geral da Tansitar, empresa do grupo Lee Hecht Harrison, enfatiza a crescente importância que as organizações nacionais e estrangeiras têm vindo a atribuir às questões da ética empresarial, que resulta num maior investimento nesta área em formação. O especialista adianta que «a maioria dos programas formativos em ética empresarial são implementados para que cada colaborador compreenda e adopte atitudes diárias que contribuam para um melhor funcionamento da empresa neste campo".

Turquin relembra que “as decisões éticas são tomadas por pessoas, não por empresas” e, por isso, “ao enfatizar um comportamento ético, acentuando que outro modo de trabalhar é inaceitável, estar-se-á a criar um ambiente empresarial que apoia e incentiva uma actuação ética contínua”, frisa. E segundo o responsável, há estratégias bem claras para fomentar uma cultura de ética organizacional com impactos imediatos entre os colaboradores.

Criar um ‘cultura corporativa' que fomente o trabalho em equipa e a tomada de decisões sempre baseada num código de conduta moral é o primeiro passo, mas é necessário que todos entendam as regras de actuação e as aceitem. Estabelecer um sistema de apoio aos colaboradores para uma aplicação prática desta "gestão pela ética" pode ser também um ponto a favor para a organização.

Outra das estratégias é definir logo à partida a ética como uma filosofia da empresa. Isto permite-lhe filtrar no momento da contratação os colaboradores que melhor se adequarão ao funcionamento da sua empresa. Deve também pensar que a ética começa nas chefias e é delas que deverá surgir o primeiro exemplo.

Yves Turquin não tem dúvidas de que “o impacto da adopção deste tipo de atitudes éticas pode ser medido não somente através dos proveitos de actividade da empresa mas também na moral do grupo de trabalho, pelo nível de confiança obtido junto dos clientes e consumidores”. O especialista argumenta ainda que “uma empresa à qual seja reconhecida uma atitude ética tem mais facilidade em reter colaboradores e atrair talentos altamente qualificados".





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