Vítor Andrade
OS EMPRESÁRIOS em Portugal parecem não estar
muito empenhados na formação profissional dos seus empregados,
nomeadamente dos recém-recrutados.
Querem, acima de tudo, que as pessoas que venham trabalhar para as suas
empresas detenham já experiência anterior. Isto mesmo se
comprovou no último EXPRESSO/Emprego, onde 78,3% das ofertas de
trabalho eram para experientes.
Ora, além de isto significar pouco interesse dos empregadores na
formação dos seus empregados, quer dizer também que
há uma grande relutância em recrutar jovens à procura
do primeiro emprego.
Ou seja, a aposta no "sangue novo", tão
importante à renovação das organizações
em geral, continua a não fazer parte da agenda empresarial. É
mais um sinal de atraso no nosso desenvolvimento.